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Ibama lança campanha contra o tráfico de animais
O presidente do Ibama, Hamilton Casara, lançou uma campanha nacional contra o tráfico de animais no País. O principal alvo, de acordo com Casara, são as rotas do tráfico já identificadas pelo Ibama, além dos portos e aeroportos utilizados. ?Vamos trabalhar com as comunidades utilizadas para a coleta dos animais, por meio de campanhas de conscientização e programas de geração de renda?, disse.
Casara destacou que o tráfico de animais ocorre em todo o País, mas principalmente em parques e unidades de conservação. ?É onde está a fauna?, observou. O plano envolverá, além do Ibama, Polícia Federal, Interpol, Infraero, Correios, Ministério Público e organizações não governamentais ligadas ao meio ambiente.
A campanha foi lançada, na semana passada, um dia depois da maior apreensão, dos últimos 20 anos, de araras azuis em cativeiro. Foram encontrados 40 exemplares dessas aves ameaçadas de extinção, em um sítio da zona rural de Itu, região de Sorocaba, além de uma arara-vermelha e uma arara-canindé. As aves foram levadas para o zoológico de Sorocaba e dificilmente retornarão à natureza. ?Estávamos trabalhando há oito meses nesse programa, mas aproveitamos o impacto da apreensão para dar início à campanha?, disse Casara.
De acordo com Casara, o Ministério Público está empenhado em aumentar o rigor da lei contra o traficante. Ele afirmou que o objetivo é aumentar a pena mais grave de três para cinco anos de prisão. ?O que atrai no tráfico é o alto valor comercial de espécies brasileiras, sobretudo quando vendidas no exterior?, explicou.
Um casal de araras-azuis pode custar até 25 mil dólares no Japão. De acordo com o último censo, realizado pelo Ibama em 1987, existem apenas três mil exemplares de araras-azuis livres na natureza.