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Ibama investiga encalhe de baleias e vistoria navio de testes sísmicos
Com o encalhe de mais uma baleia nas praias do Rio de Janeiro, o Ibama decidiu inspecionar o navio da empresa CGG do Brasil para verificar se ela está cumprindo exigências para a atividade de prospecção sísmica de petróleo. Um técnico do Escritório de Licenciamento das Atividades de Petróleo e Nucleares (ELPN) do Ibama e outro especialista irão deslocar-se hoje até o navio da empresa, a 280 quilômetros da costa.
O chefe do (ELPN), Edmilson Maturana, ressalta que não existe estudo científico comprovando qualquer relação entre testes sísmicos e encalhe de baleias e nem pesquisa garantindo que não haja interferência. Mas por precaução, o Ibama proíbe o uso de tal técnica para identificar poços de petróleo na faixa do Espírito Santo a Bahia. A restrição ocorre entre junho e novembro, durante o período de migração das baleias para reprodução.
O Rio de Janeiro está fora da faixa de exclusão da atividade e a empresa CGG do Brasil tem autorização para procurar possíveis áreas de petróleo fazendo disparos de ar comprimido no mar (chamados levantamentos sísmicos). Mas precisa respeitar exigências do Ibama de cessar os testes caso aviste baleias a 500 metros do navio e de operar com sinais de intensidade baixa antes, que são elevados gradualmente . "Nossos técnicos vão verificar dados de bordo para checar se a empresa cumpriu as exigências", afirma Maturana.
Os técnicos permanecerão até domingo levantando os dados e na próxima semana apresentarão os resultados. O gerente executivo do Ibama no Rio de Janeiro, Edson Bedim de Azeredo, marcou para o dia 20 uma reunião com a Marinha, a Petrobrás e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro para discutir como deve ser o atendimento de emergência para uma baleia encalhada.