Grupo internacional analisa atividades produtivas na Amazônia

Integrantes do Grupo Consultivo Internacional (IAG, sigla em inglês) do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil visitam de 1º a 7 de agosto o Pará, Amapá, Mato Grosso, Acre, Amazonas e Rondônia. A iniciativa faz parte da programação da 23ª Reunião do IAG, que prevê encontros com instituições governamentais e não-governamentais. A reunião ocorrerá no dia 12 de agosto, em Brasília, e terá como tema Fomento às Atividades Produtivas Sustentáveis na Amazônia.

Segundo a coordenadora do Programa Piloto, Nazaré Soares, os membros do IAG vão analisar a atuação dessas instituições - especialmente o setor governamental - no processo de desenvolvimento e ocupação da Amazônia. "Será feito um diagnóstico, identificando as ações que beneficiam atividades produtivas sustentáveis na região e as que beneficiam atividades predatórias".

Durante toda a semana, estão previstos encontros com governadores dos estados da Amazônia e com várias instituições, entre elas Agência de Desenvolvimento da Amazônia, Banco da Amazônia, Embrapa, Sebrae, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, Ministério Público Estadual, no Mato Grosso; Superintendência da Zona Franca de Manaus, Centro de Biotecnologia da Amazônia, Sistema de Proteção da Amazônia, Sistema de Vigilância da Amazônia, Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Em Belém, haverá reunião entre a equipe e o governo do Pará para tratar de assuntos relacionados com a produção sustentável e discutir proposta de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) daquele estado. Ainda no Pará, o grupo visitará a Floresta Nacional do Tapajós, em Santarém, onde são desenvolvidos, com apoio do Programa Piloto, projetos de manejo florestal comunitário, produção de móveis artesanais, beneficiamento de óleo de copaíba, processamento de couro ecológico, entre outros.

A equipe visitará o projeto de produção e comercialização de produtos sustentáveis (doces e polpas de frutas regionais, palmito de pupunha e outros), executado em Ouro Preto DOeste (RO) pela Associação dos Produtores Alternativos (APA), com apoio do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil.

De acordo com Nazaré, o IAG é constituído de peritos de notório saber em florestas tropicais e gestão ambiental integrada, no Brasil e no exterior, incluindo questões ambientais globais e acordos ambientais multilaterais. O grupo de consultores internacionais acompanha, no âmbito do Programa Piloto, a implementação dos projetos socioambientais na Amazônia e Mata Atlântica, fornecendo orientações para melhorar o seu desempenho. O Programa Piloto é coordenado pela Secretaria da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente.