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Governo vistoria região do São Francisco para definir áreas protegidas
A Caatinga é o único bioma totalmente brasileiro, sua fauna e sua flora só existem aqui, e também um dos menos protegidos com unidades de conservação, logo atrás dos Campos Sulinos e do Pantanal. Mas essa realidade começará a mudar com a implementação de uma série de áreas protegidas na região, ação prevista pelo Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Entre os dias 11 e 15, representantes do MMA e do Ibama realizam uma vistoria na área do Baixo São Francisco entre os municípios de Paulo Afonso, na Bahia, e Poço Redondo, em Sergipe, onde serão implementados o Parque Nacional do Cânion do São Francisco e a Área de Proteção Ambiental de Xingó. O trabalho conta com o apoio da Petrobras e da Chesf, que forneceram helicópteros para o deslocamento das equipes.
De acordo com a Diretoria de Áreas Protegidas do MMA, com o sobrevôo será possível detalhar os limites das novas áreas protegidas, observando se ainda existem propriedades nos futuros limites do parque e o estado da vegetação da Caatinga, por exemplo. Após a vistoria, serão definidas datas para a realização de audiências públicas, já que as novas unidades de conservação terão seus limites aprovados pelos órgãos federais em parceria com estados, municípios e outras instituições. Também estão previstas a criação do Parque Nacional da Serra de Itabaiana e da Área de Proteção Ambiental da Foz do São Francisco, ambos em Sergipe.
O Parque Nacional do Cânion do São Francisco será criado como uma das medidas compensatórias pela construção da Hidrelétrica de Xingó, e seus limites serão restritos ao entorno do reservatório da usina. A Área de Proteção Ambiental de Xingó será delimitada no entorno do parque, desde a Usina de Paulo Afonso, na Bahia, até a região de Poço Redondo, no Sergipe, onde morreu Lampião, abrigando todo o cânion do São Francisco. A APA funcionará como uma "zona de transição" e beneficiará pelo menos nove municípios na Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas. Sua implementação não trará desapropriações e nem a proibição de atividades produtivas, pelo contrário, trará a regulação sustentável do uso da terra. Sua criação será feita de forma a causar o menor impacto possível sobre a economia local e regional.
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