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Governo anuncia metas para o setor florestal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciaram hoje, no Palácio do Planalto, as metas do Programa Nacional de Florestas (PNF) para o período 2004-2007, que prevê o estímulo ao plantio de florestas, recuperação de áreas degradadas, criação de empregos e aproveitamento de recursos florestais sem a necessidade de desmatamento. "A natureza não deve ser encarada como um museu de relíquias intocáveis. Mas, definitivamente, ela não pode mais ser atropelada por processos econômicos baseados na espoliação humana e ambiental. Trata- se, portanto, de construir uma nova base de equilíbrio que se apóie na repartição das riquezas de forma justa e sustentável. Sem isso, fica muito difícil cultivar a semente do futuro ela não germina em terra arrasada", disse o presidente.
A nova política florestal tem como fundamentos o estímulo ao manejo sustentável, o investimento em difusão e formação de mão-de-obra especializada em práticas de manejo com impacto reduzido, a criação de linhas de crédito específicas para o setor, mais recursos para o desenvolvimento de tecnologias adequadas, a regulamentação da concessão de terras públicas para manejo e fiscalização mais intensa e dirigida, com foco na Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. "O PNF tem como objetivo máximo promover o uso equilibrado e a conservação das florestas brasileiras, articulando políticas públicas relacionadas com regularização fundiária, crédito e financiamento, legislação ambiental, pesquisa e tecnologia, treinamento e capacitação", explica a ministra Marina Silva.
Durante a cerimônia, foi realizada a instalação da Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Florestas (Conaflor), composta por representantes dos governos federal e estaduais, comunidade científica, trabalhadores, organizações não- governamentais e setores produtivos e que irá traçar metas para o programa. O presidente destacou que o Conaflor significa a abertura de mais um canal de diálogo entre governo e sociedade. "O evento de hoje prova que quando há diálogo, quando há disposição do governo e da sociedade para sentar e conversar os resultados normalmente são os melhores", disse.