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CRESCIMENTO VERDE
Em reunião ministerial do comitê ambiental da OCDE, Governo Federal destaca recém-lançado Programa Metano Zero e planos para eólica offshore e hidrogênio verde
Foto: Divulgação/MMA
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, esteve em Paris, na França, onde participou da reunião ministerial do Comitê de Política Ambiental da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "Viemos mostrar que o País tem ações concretas na direção de uma nova economia verde", ressaltou Joaquim Leite.
Em reunião com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann o ministro deixou claro que o Brasil é parte da solução para o mundo criar uma nova economia verde neutra em emissões até 2050.
Aos ministros dos países que compõem a OCDE, Leite afirmou que o Brasil trata com prioridade as três áreas que nortearam a reunião: qualidade do ar, descarte de plásticos e mudança climática. O chefe da pasta de Meio Ambiente destacou o robusto programa de biocombustíveis, como o etanol, o que diminui significativamente o índice de poluição do ar nas grandes cidades brasileiras.
A questão do plástico é outro tema que o Governo Federal acompanha de perto. Em março deste ano, o Brasil assinou, junto a outros 174 países, uma resolução para estabelecer um compromisso de combate contra a poluição plástica em todo o mundo. O acordo histórico foi assinado por representantes das nações na Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA-5), em Nairóbi.
O governo já vem adotando medidas concretas para pôr fim à poluição por plástico, como os programas de Combate ao Lixo no Mar, Rios +Limpos e Lixão Zero, lembrados por Joaquim Leite em sua participação. Outra importante ação citada pelo ministro é a de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas, cujo índice de reciclagem chega a 94%.
Leite aproveitou a oportunidade e anunciou que o Brasil está prestes a lançar uma nova frente para estimular ainda mais a reciclagem do material e tirá-lo do meio ambiente. "No próximo mês, vamos criar o crédito de reciclagem e mostrar que o Brasil pode sim ajudar a eliminar embalagens de plásticos e vidro da natureza", completou.
No campo das mudanças climáticas, o País caminha com pioneirismo, com medidas concretas para reduzir emissões de gases de efeito estufa. "Nós apresentamos o Programa Metano Zero, que vai reduzir as emissões de metano. Quatro meses após a assinatura do Acordo do Metano, na COP26, o Brasil foi o primeiro país a fazer um programa específico", destacou o ministro. Joaquim Leite detalhou o programa, que tem como objetivo transformar resíduos orgânicos dos setores de suínos, aves, laticínios, cana de açúcar e aterros sanitários em biometano, podendo chegar a reduzir em 36% as emissões de metano no Brasil.
O ministro do Meio Ambiente antecipou que o país trabalha para estabelecer um Mercado Regulado Nacional de Emissões. "É um ponto importante para o Brasil ser um exportador de crédito para países poluidores que ainda utilizam muitos combustíveis fósseis", reforçou. O próximo passo, segundo Leite, será o lançamento do Programa Renovar, focado na renovação de frota de caminhões, uma vez que 460 mil caminhões e ônibus com mais de 20 anos ainda rodam em estradas brasileiras.
Acompanhado do secretário de Clima e Relações Internacionais do MMA, Marcus Paranaguá, e da secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais do MMA, Marta Giannichi, Joaquim Leite também manteve encontros bilaterais com autoridades dos Estados Unidos, França, Dinamarca, Suíça, Colômbia.
O ministro reforçou o compromisso do Brasil na busca por soluções climáticas lucrativas para todos, incorporando políticas de geração de energia limpa com o hidrogênio verde e as eólicas offshore. "O futuro precisa de energia limpa e o Brasil será um grande exportador. Nosso potencial é gigantesco, com a eólica offshore, são 700 gigawatt de potência de alta atratividade econômica. Além disso, vamos poder exportar essa energia renovável através do hidrogênio verde", concluiu.
OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização internacional fundada em 1961, com sede em Paris (França) e composta por 38 países. A Organização permite a troca de informações e alinhamento de políticas entre os países-membro com o objetivo de potencializar o crescimento econômico e contribuir para o desenvolvimento de todos os participantes, tornando-se um importante ator na busca de soluções de políticas públicas em um mundo globalizado.
ASCOM MMA