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Diretor da ANA é eleito vice-presidente do Conselho Mundial da Água
O diretor ANA Benedito Braga foi eleito este mês vice-presidente do Conselho Mundial da Água. Promovida pelo Comitê Diretor do Conselho, composto por 35 membros, a eleição definiu ainda o nome de mais um vice-presidente, do diretor-executivo e do novo presidente da instituição - o canadense Willian Cosgrove. Segundo Braga, a participação da ANA no Conselho ajudará a projetar mundialmente a experiência brasileira de regulação de recursos hídricos. "É uma boa oportunidade para inserir o Brasil nessa discussão", observou.
Além da eleição para o cargo de vice-presidente, em outubro Braga também recebeu uma importante distinção. Durante o Congresso Mundial da Água, realizado em Madri, na Espanha, ele foi homenageado com o troféu "Crystal Drop Award", prêmio concedido pela International Water Resources Association (IWRA) a instituições ou pessoas que tenham contribuído para gestão de recursos hídricos no mundo. A comissão que escolheu o vencedor foi formada por 17 membros da IWRA de 15 países diferentes.
Fórum Mundial
Criado em 97 com o objetivo de estimular boas práticas de gestão de recursos hídricos no mundo, o Conselho Mundial da Água é a instituição que promove o Fórum Mundial da Água, evento que vem ganhando cada vez mais repercussão e importância. Em 97, quando foi realizado pela primeira vez, o fórum reuniu 400 participantes. A última edição, em março, contou com 20 mil pessoas em Quioto, no Japão, além de chefes de estado e 130 ministros. Na ocasião, o diretor-presidente da ANA, Jerson Kelman, recebeu o prêmio Hassan II.
Braga informou que, inicialmente, levará para discussão no Conselho temas como a dessalinização da água do mar e dos aqüíferos, o monitoramento das bacias, a infra-estrutura hídrica para os países em desenvolvimento e o conceito de água virtual. Em relação a este último tema, ele explicou: "Muitos países com pouca água utilizam seus recursos para produzir alimentos, em detrimento de outros usos. Ocorre que a água está dentro da estrutura molecular dos alimentos e, quando um país importa alimentos, também está importando água. É preciso avaliar os custos reais dos alimentos e onde é melhor produzir", disse.