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Corredores Ecológicos terão US$ 30 milhões
A liberação de US$ 5 milhões pelo Banco Mundial para a primeira fase do projeto Corredores Ecológicos foi anunciada ontem pelo secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro Oliveira Costa. O financiamento total do programa para preservação dos ecossistemas da Amazônia e Mata Atlântica chegará a US$ 30 milhões em 5 anos.
O objetivo dos Corredores Ecológicos é manter o fluxo de animais nas áreas que abrigam reservas, parques e estações ecológicas. "Sem a possibilidade de interconexão dos animais nessas áreas, eles estão, a longo prazo, ameaçados de extinção", afirmou Costa. Foram definidos como prioritários para implantação o Corredor Central da Amazônia (AM), pelo seu excelente estado de conservação, e o Corredor Central da Mata Atlântica (BA e ES), por concentrar as áreas mais ameaçadas pela pressão urbana. As duas áreas concentram dois terços da biodiversidade do País. Os recursos iniciais vão garantir a consolidação do programa, a fiscalização e a recuperação de áreas degradadas com o plantio de espécies nativas.
As ações terão como objetivo a conectividade de áreas protegidas, fiscalização e a proteção de bacias hidrográficas. Os recursos serão utilizados na implantação de unidades de conservação e no fomento de práticas de desenvolvimento sustentável no entorno das unidades. Entre essas atividades destacam-se o ecoturismo, criação de viveiros de matas nativas, proteção de matas ciliares, o consórcio de espécies nativas e espécies econômicas, entre elas o cacau e o palmito.
O conceito de Corredores Ecológicos é relativamente novo. Ele é baseado na idéia de que as crescentes ameaças à biodiversidade requerem mais que o estabelecimento de áreas protegidas, rodeadas de locais nos quais atividades econômicas são exercidas sem qualquer restrição. Em muitos locais, especialmente na Mata Atlântica, essa abordagem tem levado a criação de um arquipélago de parques e reservas. Isolados uns dos outros, essas unidades de conservação se mostram inadequadas para garantir, a longo prazo, a proteção de plantas e animais, pois dificulta o intercâmbio genético entre as espécies.