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COP-8 e MOP-3 mobilizarão a sociedade
Aida Rodrigues
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abriu nessa quarta-feira (18) a primeira reunião do Grupo de Trabalho Interministerial de Mobilização e Comunicação, encarregada de estebelecer a estratégia de comunicação da 8ª Conferência das Partes da Diversidade Biológica (COP8) e da 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena de Biossegurança (MOP3).As duas reuniões acontecerão em março próximo, em Curitiba (PR). "Nossa missão é fazer com que a realização da COP não seja no Brasil, mas seja também do Brasil. Para isso vamos precisar de uma grande mobilização", destacou Marina Silva.
O objetivo do GT é envolver diversos segmentos de governo, sociedade civil, comunidade científica e formadores de opinião no trabalho destinado a dar visibilidade às questões que serão tratadas nos dois eventos.
A Convenção da Diversidade Biológica foi aprovada em 1992 durante a Rio-92 e entrou em vigor no ano seguinte. Desde então, a cada dois anos são realizadas conferências para viabilizar sua implementação. Depois de treze anos, a Convenção volta ao Brasil pela primeira vez. Para a ministra Marina Silva, este é um momento especial. "Agora somos agentes de um processo novo que se iniciou no Brasil e que pode ter uma segunda fase de avivamento a partir da reunião de Curitiba", destacou.
A ministra explicou também que a convenção objetiva proteger todas as formas de vida existentes no planeta.Disse que, apesar de todos os esforços , há registro de grande perda de biodiversidade nos últimos cinquenta anos . "Os países membros têm o compromisso de reduzir a perda de biodiversidade até 2010",esclareceu.
O Secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente e também secretário-executivo da COP-8, João Paulo Capobianco, destacou os três objetivos da Convenção: conservação da biodiversidade, seu uso sustentável e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios resultantes do acesso aos recursos genéticos. "Nesta COP vamos dar mais destaque aos dois últimos objetivos, que são menos lembrados e discutidos, mas são de extrema importância.", concluiu.