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Consultas preparam novo modelo de desenvolvimento para o Pará
Esta semana ocorre no Pará uma série de consultas públicas para a criação de parques e reservas na área da rodovia BR-163 (Cuiabá/MT - Santarém/PA). O objetivo é discutir com a sociedade, governos e setores produtivos as bases para um novo modelo de desenvolvimento para a região. A primeira consulta foi realizada na última sexta-feira (16), em Belém, na Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA). Ontem (20), ocorreu o segundo encontro público, em Novo Progresso. As próximas consultas acontecem nesta quinta-feira (22), na Área de Lazer dos Cabos e Soldados de Itaituba, e na sexta-feira (23), na prefeitura de Jacareacanga.
Em Belém, representantes da sociedade civil e de organizações não-governamentais fizeram intervenções e parrticiparam diretamente do processo de criação de 7.369.575 hectares de novas unidades de conservação naquele estado. A proposta do Governo Federal inclui a criação das florestas nacionais de Trairão (487.398 ha), do Amaná (545.307 ha), do Crepori (741.754 ha), do Jamanxim (1.358.485 ha) e do Iriri 441.954 ha), da Área de Proteção Ambiental Tapajós (2.221.438 ha), dos parques nacionais do Jamanxim (866.731 ha) e do Rio Novo (530.345), e ainda a ampliação do Parque Nacional da Amazônia (mais 176.163 ha) (foto).
Na consulta, o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, lembrou ações do Governo Federal para ao desenvolvimento sustentável da Amazônia, como os planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, Amazonia Sustentável (PAS) e BR-163 sustentável. "Os esforços do governo estabelecerão condições para que a região seja benefiada por políticas públicas que tragam desenvolvimento e preservação", explicou.
O secretário de Meio Ambiente do Pará, Gabriel Guerreiro, explicou o trabalho de macrozoneamento da região da BR-163, que teria fixado em 35% as fronteiras abertas. "O modelo puramente extrativista não deu certo. Nosso estado tem hoje 50% da população na linha da pobreza. Um novo modelo, acertado na Rio-92, garantirá uma Amazônia sustentável, que não reproduza a miséria", disse.
Também participaram da consulta representantes de ministérios como do Desenvolvimento Agrário, da Integração Nacional e das Minas e Energia, membros do Grupo Permanente de Trabalho Interministerial para Redução dos Índices de Desmatamento na Amazônia. Membros de setores agropecuários e mineradores questionaram e fizeram sugestões à criação das áres protegidas.