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Conferência une poder público e população na implantação de política ambiental
Para o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Claudio Langone, a 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente e a Conferência Infanto-Juvenil irão resgatar o caráter de co-responsabilidade entre poder público e população para melhor atender as necessidades da sociedade na área ecológica. Segundo ele, depois da Rio92, o Brasil avançou significativamente na política e na legislação ambiental, mas, na prática, esses avanços não foram incorporados aos processos de desenvolvimento do país. "O Brasil não fortaleceu seus órgãos ambientais. Precisamos de uma abertura dos setores de governo, com real disposição para incorporar a variável ecológica, e também capacitar os órgãos ambientais para que possam se tornar verdadeiros indutores desse processo".
Para o secretário, o fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) o conjunto dos órgãos ambientais do país, em todos os níveis é um dos grandes desafios do MMA. Segundo Langone, durante a 1ª Conferência, serão efetivadas Comissões Tripartites (União, estado e município) sobre Gestão Ambiental
Compartilhada em todos os estados brasileiros. "O Ministério do Meio Ambiente quer enfrentar a questão da descentralização, capacitando os governos locais para que assumam com qualificação e eficiência a gestão das questões ambientais", disse.
De acordo com Langone, o cumprimento das obrigações por parte dos governos é tão importante quanto as atitudes individuais de cada cidadão em relação à preservação do meio ambiente. A mobilização de 65 mil pessoas nos encontros preparatórios, realizados nos 26 estados e no Distrito Federal, demonstra a preocupação e a disposição da sociedade em participar da elaboração de uma Política Nacional de Meio Ambiente. Segundo Langone, "a Conferência terá um efeito direto na qualificação da gestão pública setorial em nosso país". (mais informações sobre a 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente no link Informma, na capa do site)