Notícias
Cerrado é tema de festival em Alto Paraíso
O diretor de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Kageyama, participa nesta quinta-feira (22/07), da abertura do I Festival de Inverno de Alto Paraíso. Na sexta-feira, Kageyama participa de um debate sobre a situação do Cerrado com a presença do ambientalista Paulo Nogueira Neto e de um representante do Fórum Brasileiro de Meio Ambiente. Participam, ainda, Celso Schenkell, coordenador de Ciências e Meio Ambiente da UNESCO no Brasil, Ricardo Machado, diretor regional para o Cerrado da ONG Conservação Internacional e Mônica Nogueira, secretária executiva da Rede Cerrado. O Ministério da Cultura será representado pelo secretário de Identidade e Diversidade Cultural, Sérgio Mamberti.
A região de Alto Paraíso faz parte da Reserva da Biosfera do Cerrado, denominação dada pela Unesco para áreas consideradas essenciais para a preservação. A reserva abrangia, inicialmente, apenas o entorno de Brasília. Com a ampliação passo a conter, também a Chapada dos Veadeiros. O conceito de Reserva da Biosfera foi criado pela Unesco em 1971. Desde então é utilizado com um instrumento de planejamento estratégico para combater os efeitos dos processos de degradação dos grandes ecossistemas.
O Brasil possui seis Reservas da Biosfera reconhecidas pela UNESCO, de um total de 440 já designadas em todo o mundo. No entanto, em área, as reservas brasileiras equivalem a cerca de 1.300.000 km², o que significa mais da metade da soma das demais RBs da Rede Mundial. Estes valores correspondem a 15% do território brasileiro. São Reservas da Biosfera: Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Pantanal, Amazônia Central, Cerrado e Caatinga.
Na parte cultural, o festival terá como tema a viola, instrumento tradicional do interior do Brasil. Serão realizados shows com os violonistas Yamandu Costa e Badi Assad, (que vão trocar o violão pela viola), Renato Teixeira, Almir Sater, Pedro Osmar, Roberto Correa, Ivan Vilela, os grupos Matuto Moderno, Quarteto Kroma e a Orquestra Popular de Câmara de São Paulo. O festival é promovido pela ONG OCA Brasil (Oficina de Ciência e Artes) e tem como um de seus objetivos alertar para a necessidade de preservação do Cerrado.