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Carta do MMA enviada ao Correio Braziliense
Brasília, 26 de abril de 2005
Em nota publicada no último dia 24, na coluna Brasília DF, esse jornal afirma que o Ministério do Meio Ambiente está atrasado na divulgação do índice de desmatamento da Amazônia no período de agosto de 2003 a agosto de 2004. Cumpre esclarecer que a elaboração destes dados para os órgãos do Governo Federal é uma atribuição exclusiva do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia e não ao Ministério do Meio Ambiente.
É importante ressaltar que nunca as informações sobre a Amazônia foram divulgadas tão amplamente como no atual governo. Foi apenas a partir de 2003 que, por decisão da Presidência da República, todos os dados de desmatamentos e os mapas em formato digital produzidos pelo Inpe sobre a região passaram a ser acessíveis a qualquer instituição ou cidadão pela internet. Além disso, em 2004, o Ministério da Ciência e Tecnologia, por intermédio do Inpe, desenvolveu o inédito sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real da Amazônia (Deter), que permite a identificação de desmatamentos em fase inicial e ao longo de todo o ano. Desta forma é possível, a partir deste ano, acompanhar a evolução dos desmatamentos na região com uma defasagem de no máximo dez dias e não mais de um ano, como se fazia até o ano passado.
Dando outra prova inequívoca do interesse do governo em manter a sociedade informada sobre a evolução do que ocorre na Amazônia, o Deter é aberto para consulta de qualquer cidadão no Brasil e fora dele pelo site www.obt.inpe.br/deter . Com base nesse sistema, em dezembro do ano passado o Inpe já apresentou sua primeira previsão da taxa de desmatamento para 2004, que deverá estar na faixa de 23.200 e 24.500 quilômetros, a ser confirmada com os dados definitivos previstos para serem apresentados no final de abril.
João Paulo Capobianco
Secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente