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Brasil sediará evento internacional sobre clima
País receberá Semana Latino-americana e Caribenha sobre Mudança do Clima, em 2019. Na edição deste ano, no Uruguai, Brasil anunciou redução de emissões.
Publicado em
23/08/2018 13h00
Atualizado em
23/08/2018 13h26
Brasília - O Brasil sediará a próxima Semana Latino-americana e Caribenha sobre Mudança do Clima, em 2019. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira durante a edição deste ano do evento, que ocorre em Montevidéu, capital do Uruguai, até esta quinta. Na ocasião, o Brasil também informou ter reduzido 2,6 bilhões de toneladas de carbono entre 2016 e 2017, o que antecipa em três anos o cumprimento de sua meta para 2020 em relação à Amazônia e ao Cerrado.
O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, representou o Brasil no Segmento de Alto Nível do encontro. Na ocasião, a candidatura do Brasil para sediar a próxima edição do evento foi apresentada por Duarte e aceita, por unanimidade, pelos participantes. No evento, os resultados brasileiros no combate ao desmatamento e na redução de emissões também foram reconhecidos pela secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Patricia Espinosa.
Gerenciado pelo Secretariado das Nações Unidas vinculado à Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, o evento tem a participação de cerca de 800 especialistas, entre representantes de governos, setor privado, organizações não-governamentais e comunidade científica, e ocorre, anualmente, desde 2008. Os participantes vêm dos 33 países da América Latina e Caribe, com apoio financeiro dos principais bancos de desenvolvimento da região.
Na edição deste ano, a Semana LAC tem o objetivo de apoiar a implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países sob o Acordo de Paris e ampliar a ação para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável vinculados ao aquecimento global. Além disso, o encontro em Montevidéu faz parte de uma série de reuniões regionais, que ocorreram, também, na África e na região da Ásia e do Pacífico.
ANTECIPAÇÃO
A redução de emissões alcançada entre 2016 e 2017 foi anunciada pelo ministro Edson Duarte, durante apresentação sobre as políticas florestais e climáticas do País. Em relação às emissões associadas ao desmatamento, a redução, na Amazônia, foi de 610 milhões de toneladas de carbono e, no Cerrado, foi de 170 milhões de toneladas. A meta pretendia alcançar, em 2020, a redução de 564 milhões, na Amazônia, e de 104 milhões, no Cerrado.
A queda nas emissões decorre do combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado, da gestão de áreas protegidas e do Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Esse resultado nos credencia a avançar e a buscar antecipação do objetivo de zerar o desmatamento ilegal na Amazônia”, afirmou Edson Duarte. O objetivo mencionado pelo ministro está previsto na contribuição brasileira ao Acordo de Paris, instrumento no qual o País estabelece metas específicas para 2025 e 2030.
SAIBA MAIS
O Acordo de Paris foi concluído em 2015 e representa um esforço mundial para limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais e empreender esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.
Nesse contexto, cada país apresentou sua própria contribuição, a NDC, para fazer sua parte frente à mudança do clima. A contribuição brasileira é reduzir 37% das emissões de carbono até 2025, com indicativo de cortar 43% até 2030, ambos em comparação a 2005.
Nesse contexto, cada país apresentou sua própria contribuição, a NDC, para fazer sua parte frente à mudança do clima. A contribuição brasileira é reduzir 37% das emissões de carbono até 2025, com indicativo de cortar 43% até 2030, ambos em comparação a 2005.
Por: Lucas Tolentino/ Ascom MMA
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