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Brasil ganha mais uma Reserva da Biosfera
Aldem Bourscheit
A porção mineira da Serra do Espinhaço (foto) é a sexta Reserva da Biosfera brasileira admitida pelas Nações Unidas. O reconhecimento aconteceu no fim de junho deste ano, e a certificação acontece hoje e amanhã durante eventos que serão realizados em Belo Horizonte, Ouro Preto e Conceição do Mato Dentro.
A serra foi reconhecida pelo programa O Homem e a Biosfera, da Unesco, a partir de um pedido encaminhado pelo Ministério do Meio Ambiente e Governo de Minas Gerais.
Estendendo-se por cerca de mil quilômetros, desde a região de Ouro Preto (MG) e até próximo à Chapada Diamantina (BA), a Serra do Espinhaço funciona como um divisor de águas e biomas, o Cerrado e a Mata Atlântica. Possui montanhas com mais de 2 mil metros de altitude, ricas em cânions, cachoeiras e rochedos.
Com mais de três milhões de hectares de área, abriga grande quantidade de riquezas naturais e onze unidades de conservação: os parques nacionais da Serra do Cipó; e das Sempre Vivas; os parques estaduais do Itacolomy; da Serra do Rola Moça; do Rio Preto; do Biribiri; e do Pico do Itambé; os parques naturais municipais do Ribeirão do Campo e do Salão de Pedras; e ainda as estações ecológicas estaduais de Tripuí; e de Fechos.
Principalmente na Serra do Cipó, encontram-se muitas espécies endêmicas. São borboletas, abelhas, beija-flores, sapos e outros animais e insetos que só existem ali. Mais da metade das plantas ameaçadas de extinção de Minas Gerais está no Espinhaço.
As outras reservas da biosfera brasileiras são as da Mata Atlântica, do Cerrado, do Pantanal, da Caatinga e da Amazônia Central.
Cada reserva é uma área representativa dos ecossistemas que abriga e, acima de tudo, uma oportunidade para que se promovam soluções para conciliar conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.