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Brasil atinge meta de redução de emissões
Na COP 24, governo brasileiro anuncia que país antecipou, em dois anos, alcance de compromisso proposto para 2020. Também foram divulgados queda de 11% do desmatamento no Cerrado e dados de recuperação da vegetação.
Publicado em
11/12/2018 16h26
Atualizado em
11/12/2018 17h07
Katowice (Polônia) -
Dados divulgados nesta terça-feira (11) na Conferência do Clima (COP 24), na Polônia, mostram que, neste ano, o Brasil já alcançou sua meta de redução de emissões de gases de efeito estufa proposta para 2020. O objetivo foi cumprido com base nas ações do setor florestal, que permitiram a redução de 1,28 bilhão de toneladas de carbono somente em 2018. O país anunciou, ainda, queda de 11% do desmatamento no Cerrado e levantamento de áreas em processo de recuperação.
Os números também mostram que o Brasil, em 2018, atingiu a meta de reduzir em 60% as emissões do setor florestal. Também era esperado que esse patamar só fosse alcançado daqui a dois anos, em 2020. “Os dados são um lembrete eficaz de que mesmo países em desenvolvimento que enfrentam desafios econômicos e sociais podem cumprir seus compromissos pré-2020 com ações fortes e focadas”, declarou o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, na COP 24.
Baseadas em cálculo de remoção de carbono pelas florestas brasileiras, as informações mostram que, em 2018, somente o setor florestal absorveu 538 milhões de toneladas de carbono, dos quais 179 milhões de toneladas correspondem às Terras Indígenas (TIs), 220 milhões às Unidades de Conservação (UCs) federais e 139 milhões às Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), registradas no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR).
A redução de 1,28 bilhão de toneladas foi registrada no período de agosto de 2017 a julho de 2018. O cálculo é relativo às emissões projetadas para 2020, conforme o compromisso apresentado pelo Brasil, em 2009, durante Conferência do Clima de Copenhague.
CERRADO
A área desmatada no bioma Cerrado no período de agosto de 2017 a julho de 2018 foi de 6.657 km² (Prodes Cerrado 2018), valor que corresponde a 11% de redução em relação ao período anterior. É a menor área desmatada já registrada na série histórica. Os dados foram divulgados pelo MMA e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
O desmatamento observado no Cerrado em 2018 é 33% menor do que o mapeado em 2010, ano em que foi iniciado pelo governo federal o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado).
A mensuração foi realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no âmbito do Projeto de Monitoramento Cerrado (Prodes Cerrado). O mapeamento utilizou imagens de satélite para quantificar as áreas suprimidas maiores do que um hectare. Foi considerada como desmatamento a remoção completa da vegetação nativa, o que inclui todos os tipos de vegetação do bioma: florestais, savânicas e campestres.
A área desmatada no bioma Cerrado no período de agosto de 2017 a julho de 2018 foi de 6.657 km² (Prodes Cerrado 2018), valor que corresponde a 11% de redução em relação ao período anterior. É a menor área desmatada já registrada na série histórica. Os dados foram divulgados pelo MMA e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
O desmatamento observado no Cerrado em 2018 é 33% menor do que o mapeado em 2010, ano em que foi iniciado pelo governo federal o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado).
A mensuração foi realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no âmbito do Projeto de Monitoramento Cerrado (Prodes Cerrado). O mapeamento utilizou imagens de satélite para quantificar as áreas suprimidas maiores do que um hectare. Foi considerada como desmatamento a remoção completa da vegetação nativa, o que inclui todos os tipos de vegetação do bioma: florestais, savânicas e campestres.
RECUPERAÇÃO
O Brasil também divulgou números iniciais das áreas em processo de recuperação na Amazônia. A partir da análise dos dados do TerraClass Amazônia, que avalia o uso das áreas que foram desmatadas até 2014, foi possível observar 9,4 milhões de hectares em processo de recuperação.
Desse total, pelo menos 1,4 milhão de hectares estão em unidades de conservação ou terras indígenas, o que confere maior grau de proteção e possibilidade de permanência para as áreas que estão em regeneração. As análises utilizaram como referência o tamanho e a idade dos polígonos de vegetação secundária para chegar aos valores apresentados.
“Os resultados mostram que o Brasil está no caminho certo para atingir suas metas de recuperação da vegetação nativa. É importante agora entender melhor as condições dessas áreas, pois isso pode diminuir os custos da recuperação em larga escala na Amazônia”, declarou o ministro Edson Duarte.
Por Lucas Tolentino/ Ascom MMA, enviado especial a Katowice.