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Bambu pode ser alternativa a madeiras
Conhecido por seus múltiplos usos, potencial e diversidade, o bambu pode representar uma alternativa econômica sustentável à madeira e uma forma rentável de inclusão social. Com essas perspectivas, o Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Ibama iniciou pesquisas para avaliar as propriedades energéticas, as características tecnológicas e as potencialidades das cerca de 230 espécies nativas e reconhecidas de bambu.
Da família das gramas, o bambu tem potencial para fins energéticos e pode ser usado até como carvão, informou Luciano Roitman, coordenador dos projetos desenvolvidos pelo LPF. Ele disse que o Brasil é um dos países com uma das maiores diversidades de bambu do mundo, ainda pouco explorada. Na Região Amazônica, destaca-se o Acre, onde o bambuzal nativo é encontrado em quase a metade do estado. São as florestas de Guadua ou de tabocas: bambu de excelente qualidade, muito usado na construção de casas no Equador e na Colômbia, mas ainda pouco conhecido a nível nacional.
Os bambus estudados e empregados com maior freqüência no Brasil são espécies trazidas da Ásia pelos colonizadores portugueses e, mais recentemente, por imigrantes japoneses. De fácil adaptação e cultivo e rápido crescimento, o bambu tem sido usado geralmente na indústria do papel, na fabricação de móveis e de objetos de decoração. O LPF pretende ampliar as pesquisas para outras áreas, como secagem, anatomia, degradação, preservação como suporte a projetos de difusão e de inclusão social.
Laboratório de Produtos Florestais
Ascom LPF/Ibama