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Arpa estuda plano de negócios para unidades de conservação na Amazônia
Um encontro com técnicos e ambientalistas começa a discutir esta semana um Plano de Negócios e Sustentabilidade Financeira das Unidades de Conservação da Amazônia. O seminário integra as atividades do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, e foi organizado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) com o apoio da Wildlife Conservation Society (WCS). Segundo Ronald Weigand, coordenador do Arpa, "o seminário marca o início da elaboração de uma metodologia que dará as unidades de conservação oportunidades para gerar receitas".
O objetivo do encontro é envolver as equipes das UCs da região na discussão e elaboração de um programa piloto que indique meios para complementar os recursos governamentais investidos nessas áreas. A iniciativa proposta pelo Funbio é desenvolver estudos, discutir e testar mecanismos eficientes na gestão dos recursos e na criação de alternativas para a geração de receitas. "Debateremos os planos de negócios e como essa ferramenta pode ajudar os gestores das UCs do Arpa. Pessoas que já aplicaram e obtiveram resultados participarão deste debate", conta Alexandra de Almeida, do Funbio.
O Plano de Negócios terá como base a análise da sustentabilidade ambiental, da viabilidade econômica das propostas de obtenção de recursos externos, da capacidade de gestão e das características de mercado para possibilitar a manutenção em longo prazo das unidades de conservação. O Funbio realizará estudos e implementará 10 projetos pilotos em UCs de proteção integral. De acordo com Weigand, o processo começa a ser implementado ainda este mês em três unidades ainda a ser definidas.
O Programa Arpa, lançado em 2001, é uma iniciativa do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ibama, em parceria com estados e municípios da Amazônia Legal brasileira, o Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF), o Banco Mundial, Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW), o WWF-Brasil e o Funbio . Com duração prevista de dez anos, sua meta é expandir, consolidar e manter uma parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) no Bioma Amazônia, protegendo pelo menos cinqüenta milhões de hectares de florestas e promovendo o desenvolvimento sustentável da região.