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Resíduos
MMA assina acordo para beneficiar catadores
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) assinou na manhã de segunda-feira (21/8) acordo de cooperação técnica com o Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Pólis) para valorizar a cadeia produtiva dos resíduos orgânicos, associada à agricultura urbana e educação ambiental.
A parceira vai promover desenvolvimento de tecnologias, com o objetivo de aprimorar a gestão sustentável de resíduos sólidos, além de formação profissional, elaboração de material técnico e troca de experiências.
A assinatura foi na Central das Cooperativas de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (CENTCOOP-DF), e teve participação do secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, da coordenadora de resíduos sólidos do Pólis, Elisabeth Grimberg, e da diretora da CENTCOOP-DF, Aline Sousa.
“Cerca de metade dos custos do sistema de enterramento de lixo nas cidades (aproximadamente R$ 50 bilhões por ano) são associados aos resíduos orgânicos. Daí a importância de promover cooperação técnica com centrais como a CENTCOOP, que não apenas geram renda para catadores, mas também impulsionam o desenvolvimento das políticas públicas contra propagação de lixões e auxiliam na organização das cooperativas”, disse Maluf.
O acordo também prevê que MMA e Pólis promovam até 2025 novos pactos de assistência técnica com municípios para expandir a compostagem urbana. Ao menos um deles deve ter participação de cooperativas ou associações de catadores e catadoras de materiais recicláveis.
Para Aline Sousa, diretora da CENTCOOP-DF, o pacto terá impacto direto no plano de negócios da cooperativa. A associação, disse ela, é responsável por 40% do tratamento da coleta seletiva no Distrito Federal.
“O acordo vai contribuir para direcionar corretamente essa parte crucial do lixo urbano do DF”, afirmou ela.
O evento teve ainda presença do ex-Ministro de Meio Ambiente do Chile, Marcelo Mena. Ele é hoje diretor executivo do Global Methane Hub, fundo climático internacional que financia parte das ações planejadas no Acordo de Cooperação, como parte de um projeto submetido simultaneamente pela Pólis. Carolina Urmeneta, diretora do Programa de Economia Circular e Resíduos, também estava presente