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Diálogos Amazônicos
Marina Silva defende cooperação regional na abertura dos Diálogos Amazônicos
Foto: Divulgação/PR
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou na noite desta sexta-feira (4/8) da abertura dos Diálogos Amazônicos, encontro de representantes do poder público, da sociedade civil e da academia para debater a preservação e o desenvolvimento sustentável da região amazônica. Os Diálogos antecedem a Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9, que juntará pela primeira vez em 14 anos chefes de Estado dos países que abrigam a maior floresta tropical do planeta.
Em discurso, a ministra disse que o encontro pan-amazônico é uma convocação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após “tempos difíceis de ameaças à democracia e às políticas públicas” para um avanço coletivo na defesa da justiça social e da proteção do meio ambiente e dos direitos humanos. A expectativa, disse Marina, é chegar ao fim da cúpula com uma declaração esperançosa.
“Posso dizer qual é minha esperança: que a gente saia daqui com um mandato em que os nossos países trabalhem conjuntamente para que a gente tenha um modelo de desenvolvimento que propicie a sustentabilidade em todas as suas dimensões. Na sua dimensão econômica, na sua dimensão ambiental, na sua dimensão social, na sua dimensão cultural, na sua dimensão política, na sua dimensão ética e na sua dimensão estética”, discursou a ministra no centro de convenções Hangar.
A abertura dos Diálogos, que teve como apresentadora a atriz paraense Dira Paes, começou com danças e músicas de povos indígenas. Concita Guaxipiguara Sompré, da etnia gavião kyikatêjê, fez um discurso logo em seguida.
O cacique Raoni Metuktire, da etnia Kayapó, ficou no palco ao lado dos representantes de governos e países amazônicos.
Também participaram o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo; o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho; a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; o ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; o ministro dos Diretos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida; o ministro de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e o ministro do Turismo, Celso Sabino. O governador do Pará, Helder Barbalho, e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, fizeram discursos.
Havia representantes de Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Suriname e Guiana.
O primeiro compromisso da ministra Marina Silva foi na manhã de sexta, quando participou do lançamento de um acordo de cooperação técnica para a implementação do Bolsa Verde. A retomada do programa de transferência de renda foi anunciada em junho pelo presidente Lula para combater a pobreza em áreas rurais e incentivar a conservação.
O ACT foi firmado com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão.
Na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, Marina assinou um acordo de cooperação para a implementação de um Plano de Respostas Socioambientais Marajó que promova a garantia do direito ao território, à segurança alimentar e à proteção socioambiental da população. Ela também participou da 1ª Cúpula Judicial da Amazônia ao lado dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, Carmen Lúcia e Luís Roberto Barroso, além do ministro da Justiça, Flávio Dino, do governador Helder Barbalho e da presidente da Fundação Nacional do Índio, Joenia Wapichana.
Neste sábado, Marina participará do ato “Mulheres pelo bem viver: justiça climática e combate às desigualdades”, seguida da mesa “A Política de Gestão Ambiental e Territorial Indígena - PNGATI como perspectiva para garantia da posse plena das Terras indígenas”. À tarde, a ministra terá reuniões, antes de um encontro com Lideranças Quilombolas da Amazônia Legal às 16h e uma audiência com representantes da FAO.