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Acordo histórico formaliza atuação do Governo Federal e da Igreja na gestão do Parque Nacional da Tijuca e do Santuário Cristo Redentor
Foto: Zack/MMA
O Governo Federal formalizou um Acordo de Convivência para atuação da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na gestão do Parque Nacional da Tijuca e do Santuário Cristo Redentor. O acordo foi assinado nesta segunda-feira (04) pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. “O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, e a Arquidiocese do Rio de Janeiro celebram hoje um acordo histórico que representa uma solução definitiva. Agora, a igreja fazendo a gestão do espaço do Cristo Redentor de forma concreta e permanente e, do outro lado, o ICMBio mantendo sua competência de administrar o parque”, reforçou o ministro Joaquim Leite.
O presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de assinatura do acordo, realizada aos pés do Cristo Redentor, e destacou a importância do bom entendimento entre o Governo Federal e a Igreja. “Um protocolo, mas de grande simbolismo e de respeito a esse santuário e aos católicos de todo o Brasil”, ressaltou o presidente Bolsonaro.
Para o arcebispo do Rio de Janeiro, o documento é resultado de muito diálogo e um momento muito esperado pela Arquidiocese. “Mostra esse interesse comum por um bem que é realmente importante para o País e que, claro, durante esse tempo todo, conservado, trabalhado, construído pela igreja, mas que ao mesmo tempo é um sinal do Brasil. Por isso, é muito bom chegar a um denominador comum desse trabalho e dessa missão” destacou Dom Orani.
Além do acordo, foi assinado ainda um Protocolo de Intenções, com prazo de 10 anos, e envolve o interesse mútuo no ordenamento público do Parque Nacional da Tijuca, na preservação da biodiversidade local e na mitigação dos impactos ambientais. Ainda prevê a manutenção e acessibilidade ao Morro do Corcovado e ao Santuário Cristo Redentor, além da definição de estratégias para a gestão do parque, que inclui a integração entre o meio ambiente e os valores culturais, históricos e religiosos.
Parque Nacional da Tijuca
Com 39,51 km², o Parque Nacional da Tijuca recebe cerca de três milhões de visitantes em áreas do antigo Maciço da Tijuca – Paineiras, Corcovado, Tijuca, Gávea Pequena, Trapicheiro, Andaraí, Três Rios e Covanca, e no Santuário Cristo Redentor. A Unidade de Conservação, gerida pelo ICMBio, é responsável pela proteção da maior floresta urbana do planeta, rica em biodiversidade, sendo fonte de pesquisas científicas para várias universidades. A Igreja Católica, por sua vez, é parte integrante da Unidade de conservação por ser responsável pela área do Cristo Redentor, localizado no alto do Corcovado. A parceria entre o órgão e a entidade religiosa se dá de maneira harmoniosa e não dispensa o respeito ao sagrado.
ASCOM MMA