Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental
O VIII Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental será realizado em Cali, na Colômbia, no período de 16 a 18 de outubro de 2024. Constitui-se em um importante espaço regional de visibilidade da força deste campo de conhecimentos e práticas em Educação Ambiental e oportunizará o fortalecimento das instituições e atores, que após 10 anos sem a realização deste evento, voltam a se reunir.
Este congresso apresentará também os avanços epistemológicos, de legislações específicas, de formas de institucionalização, e da formação e profissionalização da Educação Ambiental.
Desde 1992, foram realizados na América Latina sete Congressos: o primeiro e segundo, em Guadalajara (1992, 1997); o terceiro, em Caracas (2000); o quarto, em La Habana (2003); o quinto, em Joinville (2006); o sexto, em San Clemente de Tuyú (2009); e o sétimo, em Lima (2014).
Dentre os objetivos específicos do Congresso, temos:
- visibilizar a importância da Educação Ambiental na construção de cidadania, proteção da biodiversidade, transições sustentáveis, mediante processos formativos e participativos com atores sociais na tomada de decisões;
- fortalecer articulação entre a Educação Ambiental e as políticas públicas ambientais em níveis locais, regionais e globais; e
- gerar recomendações concretas para a inclusão da Educação Ambiental nos planos de ação das estratégias de diferentes agendas ambientais e espaços de decisão nacionais e internacionais.
Portanto, essa oitava edição do Congresso terá grande relevância para a consolidação de espaços de reflexão crítica, de construção conjunta de saberes, aprendizagens e ações transformadoras para os países Ibero-americanos, comprometidos com os compromissos enunciados pelos Presidentes do Brasil e Colômbia na Declaração Conjunta, publicada em 17 de abril de 2024, com atenção à sustentabilidade, equidade, justiça social, bem viver e a paz.
Da presente Declaração, destacamos os seguintes pontos:
"22. Os Presidentes reafirmaram o compromisso mútuo de promover a cooperação científica e tecnológica, reconhecendo o papel fundamental da C, T&I no desenvolvimento econômico e social. Por meio da cooperação entre parques tecnológicos e institutos de pesquisa dos dois países, do intercâmbio de pesquisadores e de programas conjuntos levados a cabo a nível bilateral e regional, ambos os países pretendem fortalecer a sua capacidade de pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas estratégicas como biotecnologia, energias renováveis, tecnologias digitais, soberania alimentar e soberania em matéria de saúde, bem como resolver desafios relacionados com a sustentabilidade. Destacaram também a recente adesão da Colômbia ao Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO), criado por Brasil, Argentina e Uruguai em 2020.
26. O Presidente Gustavo Petro agradeceu o apoio prestado anualmente pelo Brasil aos estudantes colombianos por meio de bolsas de estudo para graduação e pós-graduação em prestigiosas universidades brasileiras. Nesse sentido, os Presidentes instruíram os respectivos Ministérios da Educação a aprofundar o trabalho conjunto nas áreas de revalidação e reconhecimento de títulos, educação indígena e projetos interculturais em escolas localizadas na região de fronteira. Reafirmaram ser a Declaração dos Ministros da Educação de novembro de 2023 roteiro para a cooperação educacional: sustentabilidade, ação climática, resiliência social e ambiental, equidade de gênero, diversidade, interculturalidade, justiça racial e prevenção de várias formas de discriminação contra povos e comunidades indígenas e populações afrodescendentes, educação indígena, multilinguismo, bilinguismo e mobilidade acadêmica.
27. Concordando com o papel central da cooperação educacional, cultural e esportiva no aprofundamento da integração bilateral e regional, instruíram as áreas competentes a realizar a próxima Reunião da Comissão Mista Brasil-Colômbia de Educação, Cultura e Esporte no segundo semestre de 2024. Nesse sentido, destacaram que as políticas educacionais articuladas devem promover, além de mais mobilidade acadêmica e maior formação transversal nos respectivos idiomas oficiais, a aspiração comum por uma educação inclusiva, equitativa, antirracista e de qualidade, a partir do reconhecimento do papel central dos profissionais da educação para ambas as sociedades.
46. Reiteraram o seu compromisso na construção de sociedades justas e democráticas, caracterizadas pela proteção e promoção dos direitos humanos e pelo compromisso de lutar contra as desigualdades e todas as formas de discriminação".