Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia é destaque na COP16
- Representantes do MMA, Banco Mundial, Re:wild e GEF durante o Painel “Conservação da Biodiversidade; Uso Sustentável e Gestão de Florestas”. Foto: Catalina Olayaa/MMA
O Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil) foi um dos destaques do painel “Conservação da Biodiversidade; Uso Sustentável e Gestão de Florestas”, organizado pela Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBIO) do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) durante a COP16, no Espaço Brasil.
Carlos Eduardo Marinelli, chefe de Gabinete da SBIO e supervisor do Projeto ASL Brasil, trouxe cada uma de suas três fases e o potencial agregado ao ASL Brasil em cada uma delas. Segundo o chefe de Gabinete, a SBIO vem trabalhando para que projetos como o ASL Brasil contribuam para as metas da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), ao mesmo tempo em que fortalecem as políticas públicas socioambientais. Neste sentido, ele cita como exemplo as metas 3 e 4 da CDB, que se concentram em áreas protegidas e conservadas, e no manejo voltado para a recuperação e conservação ambiental.
O ASL Brasil, que dialoga com 12 das 23 Metas da CDB, é um dos principais projetos da Secretaria. Além de promover a gestão integrada da paisagem, o projeto é reconhecido pelo fortalecimento da gestão comunitária, pela geração de renda e pela proteção da biodiversidade.
“A estratégia do Brasil de buscar a conexão entre os projetos, com uma visão integrada das paisagens e dos ecossistemas, também traz a oportunidade, por meio do Programa ASL Regional, de observar as paisagens dos outros países”, disse Ana Maria Gonzalez Velosa, coordenadora do Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Regional), ao ressaltar que a união e o intercâmbio de experiências são peças-chave do programa, lembrando que o componente 4 do ASL Brasil tem como foco também a troca de experiência.
Para Adriana Moreira, chefe da Divisão de Parcerias do Global Environment Facility (GEF) e participante ativa desde a criação do ASL Brasil, “[...] o Brasil influenciou a maneira como o GEF estrutura seus programas. Estou encantada com a estratégia da SBIO de construir uma base sólida com base em parcerias e no coletivo”, disse.
A mesa contou também com a participação da diretora do Departamento de Florestas da SBIO/MMA, Fabíola Zerbini, e do representante Sênior pelo Brasil na Re:wild, Rodrigo Medeiros. Além do ASL Brasil, outros projetos em execução pela SBIO e a serem iniciados em 2025 foram ressaltados, como o GEF Áreas Privadas, GEF Vertentes e o GEF Restaura Biomas.
Sobre o Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil)
O Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil) é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, implementado pelo Banco Mundial e executado pela Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil), pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV Europe). É operacionalizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e órgãos estaduais de Meio Ambiente do Acre (AC), Amazonas (AM), Pará (PA) e Rondônia (RO).
O ASL Brasil se insere no Programa ASL Regional, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), que inclui projetos no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Juntos, visam melhorar a gestão integrada da paisagem na Amazônia.