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COP28
Brasil é formalmente escolhido país-sede da COP30
Ministra Marina Silva, secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, e o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE, embaixador André Corrêa do Lago, após anúncio da COP30. Foto: Fernando Donasci
O Brasil foi formalmente escolhido como país-sede da COP30, a 30ª conferência do clima da ONU, de 10 a 21 de novembro de 2025. A decisão foi tomada por consenso na segunda-feira (11/12) em sessão plenária da COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Em discurso, a ministra Marina Silva confirmou que a conferência será em Belém, capital do Estado do Pará:
"É com grande satisfação que informo nossa decisão de realizar a COP de 2025 na Amazônia brasileira, um bioma essencial para conter o aquecimento global", afirmou a chefe da delegação brasileira. "Estou especialmente tocada pela indicação da Amazônia, onde nasci e cresci, para receber esta conferência."
Na COP30, destacou a ministra, os países-membros deverão revisar suas metas climáticas e assumir novos compromissos que "serão fundamentais para que possamos alcançar a missão de 1,5°C".
A candidatura do Brasil para sediar a conferência foi anunciada pelo presidente Lula durante participação na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito, em 2022, quando ainda era presidente eleito. Em maio, a capital paraense já havia sido endossada pelos outros países dos Estados da América Latina e do Caribe (Grulac).
Os grupos regionais da ONU se intercalam para sediar a conferência, segundo as regras da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. A COP25, em 2019, chegou a ser confirmada no Brasil, mas não aconteceu por decisão da gestão anterior.
A mesma sessão que confirmou Belém escolheu também Baku, no Azerbaijão, como sede da COP29. Segundo Marina, o Brasil sabe "do desafio que teremos" na próxima edição da conferência "com a necessidade de alinhamento dos temas de financiamento e meios de implementação às ambições de mitigação que podem nos levar ao desafio de 1,5°C".
A ministra agradeceu à presidência da COP28 e destacou a necessidade de consensos "não só no tema de perdas e danos, mas também no Balanço Global". Marina defendeu uma decisão que "nos conduza à construção coletiva de uma nova matriz energética que o planeta e a humanidade demandam para sua sobrevivência".
"Uma matriz caracterizada pelo acentuado aumento das fontes renováveis de energia e a simultânea redução da dependência dos combustíveis fósseis", completou