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Itaipu é exemplo de energia limpa e ações climáticas na COP27
Divulgação/Itaipu Binacional
A Itaipu Binacional participa da 27ª edição da Conferência Mundial do Clima (COP27), onde apresenta boas práticas na gestão da água, produção de energia limpa e renovável, proteção da biodiversidade e outros temas relacionados. A COP 27 acontece em Sharm El-Sheik (Egito), de 6 a 18 de novembro.
Com sua participação, a Itaipu é exemplo do potencial brasileiro para a produção de energia verde, 100% renovável e não poluente, demonstrando como a hidroeletricidade tem um papel importante a desempenhar na transição energética (a substituição de fontes fósseis, geradoras de gases de efeito estufa, por fontes limpas, para zerar as emissões do setor energético até 2050).
A usina binacional é a maior geradora de energia limpa do planeta, com mais de 2,8 bilhões de megawatts-hora de produção acumulada desde 1984, suficientes para abastecer o mundo por 45 dias. E é promotora do maior programa de reflorestamento do setor elétrico, preservando 100 mil hectares de Mata Atlântica que são reconhecidos pela Unesco como Reserva da Biosfera.
Segundo o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Ariel Scheffer da Silva, a empresa aplica o conceito de soluções baseadas na natureza, promovendo restauração florestal, recuperação de nascentes, conservação de solos e outras ações que protegem os usos múltiplos das águas (como geração de energia, abastecimento, agropecuária, turismo e manutenção da vida selvagem).
“A isso se somam a educação ambiental e o engajamento da sociedade, e também a inovação tecnológica e a análise de dados, para que essas ações sejam efetivas e duradouras”, afirma Ariel. “Essa abordagem é essencial para o enfrentamento das mudanças climáticas”.
Agenda
A participação da Itaipu na COP 27 começa nesta quarta-feira (9). A empresa é coorganizadora, juntamente com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Undesa), do side event “Sustainable Water and Energy Solutions supporting Climate Change and Biodiversity Objectives through Innovation and Clean Technologies”. O evento é às 14h45 no SDG Pavillion (Blue Zone), com transmissão pela internet por meio do link: https://bit.ly/WaterEnergySolutionsCOP27.
Na quinta-feira (10), a empresa participa de dois painéis no Pavilhão Brasil (Blue Zone): às 11 horas, o tema é “O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: contribuições aos ODS 6, 7 e 13”; e às 16 horas, “Fontes de Energia Renovável”. Ambos os eventos têm transmissão ao vivo pelo canal do Ministério do Meio Ambiente no Youtube.
Na segunda-feira (14), a Itaipu é uma das organizadoras e painelistas do evento “Nexus solutions for climate-resilient water, energy, food and environment security: lessons learned from the ground”, às 12h no Pavilhão da Água (Blue Zone). Transmissão ao vivo pelo link:
E, na terça-feira (15), a Itaipu é painelista convidada no side event “The role of hydropower in Achieving Climate Resilience”, às 13h, no Pavilhão do Tadjiquistão (Blue Zone). Este evento é apenas presencial. Todos os horários informados estão na hora de Sharm El-Sheik (Egito), que está cinco horas a frente de Brasília.
A conferência
A COP é um dos mais importantes fóruns internacionais, onde governos discutem ações para frear o aquecimento global e limitá-lo a 1,5 grau Celsius, conforme estabelece o Acordo de Paris.
Cientistas climáticos de todo o mundo já não têm mais dúvidas de que a atividade humana está impactando o clima em escala planetária. O consenso científico nesse tema, conforme estudo publicado na COP 26, já é o mesmo que existe, por exemplo, em relação à força da gravidade.
Os cientistas também concordam com a perspectiva de que o aquecimento do clima da Terra vai gerar mais eventos extremos e provocar impactos negativos nas cidades (perda de área em regiões costeiras, por exemplo), na produção de alimentos (secas, fome e má nutrição), na saúde (expansão de doenças como malária e dengue), nos oceanos (acidificação e perda da vida marinha) e ecossistemas terrestres (deflorestação e extinção de espécies).
Para evitar esses efeitos negativos, há várias estratégias que precisam ser adotadas, principalmente em relação à forma como geramos energia (a queima de combustíveis fósseis está entre as principais causas das emissões de gases de efeito estufa) e à forma como usamos a terra (a perda de florestas e da biodiversidade também está entre as causas mais impactantes).
Por isso, tem crescido o compromisso internacional com o chamado Net Zero (atingir a neutralidade nas emissões de carbono até 2050, promovendo a transição energética de fontes fósseis para renováveis) e a proteção da biodiversidade (na COP 26, por exemplo, 140 países se comprometeram a reverter a tendência de perda florestal em escala global até 2030, mas os relatórios recentes apontam que essa trajetória ainda não começou a ser revertida).
Nesta COP, espera-se que os países apontem progressos em relação aos principais compromissos assumidos em Glasgow no ano passado, além de aumentar e facilitar o financiamento para ações climáticas, especialmente nos países em desenvolvimento, e também destravar o mercado de carbono (que prevê mecanismos para a comercialização de créditos gerados a partir da redução de emissões de gases de efeito estufa).
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,8 bilhões de MWh. Em 2021, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 8,4% de toda a energia consumida pelo Brasil e 85,5% do Paraguai.
Saiba mais sobre a COP27.
ASCOM MMA