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Brasil defende novos instrumentos para proteger áreas marinhas
Foto: Twenty20photos/Envato
Durante seu discurso na II Conferência dos Oceanos da Nações Unidas, realizada em Lisboa, em Portugal, o ministro do Meio Ambiente e chefe da delegação brasileira, Joaquim Leite, defendeu negociações para a criação de dois novos instrumentos de proteção e uso sustentável do ambiente marinho. O representante brasileiro disse que é preciso implementar um acordo juridicamente vinculante sobre a conservação e o uso sustentável da biodiversidade marinha em áreas além da jurisdição nacional, e um instrumento global para reduzir a poluição plástica, inclusive no ambiente marinho.
"As oportunidades na economia azul são inúmeras. Num contexto de desenvolvimento sustentável, a regulação apropriada tanto no nível nacional como no nível internacional deve ser uma prioridade", destacou.
O ministro lembrou que a costa brasileira tem quase 11mil km de extensão e a área marinha chega a 5.7 milhões de km2, 27% da área já reconhecida estão protegidas. Segundo ele, programas do governo do Brasil que abrangem a recuperação de ambientes costeiros e marinhos e medidas de conscientização da população já recolheram mais de 600 mil itens de praias e manguezais.
O chefe da delegação afirmou, também, que o Brasil foi pioneiro na transição elétrica, com índice atual de 85% de energia renovável de diversas fontes, como hidráulica, biomassa, eólicas, solar, entre outras, e que a faixa oceânica brasileira tem potencial para produzir 700 GW de energia eólica.
Sobre a Conferência
A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas começou na segunda-feira (27/06) e vai até sexta-feira (01/07). O evento, em Lisboa, é coorganizada pelos governos de Portugal e do Quénia e debate o que precisa ser feito para reverter o declínio na saúde dos oceanos. A Conferência também vai definir as principais áreas de ação oceânica orientada pela ciência e impulsionará os governos e outros gestores e autoridades a fazer mais e cumprir seus compromissos.
Ascom MMA