Justiça Climática
Ações de mitigação e adaptação à mudança do clima no Brasil podem impedir o agravamento de desigualdades que tornam parte da população mais vulnerável aos eventos extremos
Pessoas submetidas a diferentes formas de desigualdades (econômica, social, de gênero, de raça e etnia) são ainda mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Apesar de terem menor participação nas emissões de CO2, as populações de baixa renda são as mais afetadas pelas consequências negativas das alterações do clima e com menor acesso às alternativas de adaptação.
A justiça climática é considerada um eixo transversal do novo Plano Clima ao considerar que a descarbonização da economia precisa levar a uma transição justa que impulsione o desenvolvimento sustentável, enfrente as desigualdades e promova a resiliência do País. Ações de adaptação em áreas como infraestrutura, habitação e saneamento podem ajudar a corrigir deficiências estruturais históricas, que atingem sobretudo as populações em situação de vulnerabilidade, evitando perdas e danos em grandes proporções e o agravamento das desigualdades no Brasil.