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Ibama e ICMBio
273 brigadistas federais combatem incêndios florestais em Roraima
Brigadistas em operação de combate a incêndios florestais em Roraima. Foto: Ibama
Vinte brigadistas federais chegaram a Roraima neste sábado (2/3) para reforçar o combate aos incêndios florestais na região. Ao todo, 273 brigadistas do Ibama e do ICMBio participam da operação, apoiados por quatro aeronaves.
Em Roraima, a estação seca ocorre no início do ano, mas o crescimento do número de focos desde janeiro é anormal, em razão da estiagem prolongada, intensificada pela mudança do clima e pelo fenômeno El Niño. A região enfrenta uma das piores estiagens das últimas duas décadas.
No Chile e na Colômbia, incêndios florestais também foram agravados pela anomalia climática.
Em Roraima, foram registrados 2.661 focos de incêndio nos meses de janeiro e fevereiro, aumento de 441% em comparação com o mesmo período de 2023, segundo o Programa Queimadas, do Inpe. O Estado concentra 51% dos focos registrados na Amazônia neste início de ano.
Pelo menos 60% dos focos ocorrem em áreas privadas, onde os órgãos estaduais são os principais responsáveis pelo combate. O governo federal atua prioritariamente em áreas federais, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação.
As brigadas do Ibama, formadas principalmente por indígenas, foram contratadas em setembro de 2023 para realizar atividades de prevenção em Roraima.
Os brigadistas do Ibama atuam prioritariamente nas Terras Indígenas Yanomami, São Marcos, Serra da Moça, Raposa Serra do Sol, Pedra Branca, Araçá, Malacacheta, Tabalascada, Canauanim, Aningal, Anarú, Ponta da Serra e Truarú.
Já os do ICMBio concentram-se na Floresta Nacional de Roraima e no Parque Nacional do Viruá.
Ao todo, Ibama e ICMBio atuam com 312 servidores no Estado, incluindo brigadistas, responsáveis por suporte operacional, pilotos, copilotos e assistência técnica.
“Os incêndios são uma combinação terrível do El Niño, que é um evento natural, com incêndios criminosos e a mudança do clima”, afirmou a ministra Marina Silva durante a inauguração da Casa de Governo, em Boa Vista, na última quinta-feira (29/2). “Por isso, a ação conjunta para conter desmatamento e conter queimadas é fundamental.”
Desde 24 de janeiro há uma sala de situação com representantes do Estado e do governo federal para analisar, monitorar e coordenar o combate. A ação conjunta ocorre por meio do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), que reúne mais de dez órgãos federais.
A ministra Marina Silva viajará ao Acre na segunda-feira (4/3) com o ministro Waldez Góes para avaliar a catástrofe socioambiental causada pelas fortes chuvas no Estado.
Na terça, participará de reunião com o governador de Roraima, Antonio Denarium, e equipes do Ibama, do ICMBio e de outros órgãos federais na sede do Prevfogo, em Brasília, sobre o combate aos incêndios no Estado.
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