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TI Yanomami: Polícia Federal retoma controle da comunidade Homoxi
Brasília, 12/03/2023 - Operação conjunta na Terra Indigena Yanomami, em Roraima, resultou na desmobilização de 137 acampamentos clandestinos e apoio logístico de garimpeiros ilegais e invasores. E, também, na retomada do controle da comunidade Homoxi, uma das regiões com grande presença de garimpo ilegal na TI Yanomami. De acordo com a Polícia Federal (PF), também foram queimados maquinários utilizados para a extração de minérios.
Imagens divulgadas pela PF mostram os acampamentos dos invasores queimados por agentes especializados da corporação. Fora do território, a polícia queimou um avião usado pelos garimpeiros para chegar ao território. A partir de investigação da PF de que haveria um aeródromo improvisado próximo ao município do Cantá, no norte de Roraima, no qual estariam sendo feitos voos clandestinos para a Terra Indígena Yanomami para abastecer o garimpo ilegal, uma equipe da Delegacia de Repressao a Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal em Roraima foi ao local com uma equipe de fiscais do Ibama.
No local, escondido no meio da mata e próximo a uma pista de pouso improvisada, os agentes encontraram uma aeronave monomotor. Após os fiscais do Ibama comprovarem o uso da aeronave em crimes ambientais, os agentes explodiram o avião. Foi em Homoxi que dezenas de garimpeiros se aglomeravam na pista "Jeremias" para conseguir aviões ou helicópteros e sair do território assim que as ações foram intensificadas para a retirada dos invasores.
Também participam da ação a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), Ibama e o Comando Operacional Conjunto da Amazônia (composto por Força Aérea, Exército e Marinha),
Crise humanitária
Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami enfrenta uma crise humanitária com casos graves de indígenas com malária e desnutrição - problemas agravados pelo avanço de garimpos ilegais nos últimos quatro anos. Desde o dia 20 de janeiro, a região está em emergência de saúde pública devido ao cenário de desassistência. O Governo Federal atua na região por meio de ações entre o Ibama, Polícia Federal, Funai, Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos de segurança.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública reforçou os efetivos da PF e da Força Nacional de Segurança Pública para assegurar a integridade dos profissionais da saúde que estão atuando no local. Com o mesmo objetivo, a PRF enviou 85 agentes, várias viaturas e dois helicópteros para a missão. E o Ibama mobilizou equipes de fiscais ambientais e ao menos três aeronaves.