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Senad e Polícia Federal discutem ampliação de parcerias na área de pesquisa para enfrentamento ao tráfico de drogas
Brasília, 01/09/2023 – Projetos conjuntos que promovam a integração de informações para contribuir na identificação das organizações criminosas e no combate ao tráfico de drogas foram discutidos em reunião realizada entre a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senad/MJSP) e a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (Dicor/PF).
Durante o encontro, a Senad compartilhou resultados de relatório sobre dinâmicas do mercado de drogas ilícitas no Brasil, que aborda o grau de pureza da cocaína em quatro estados brasileiros, além de dados preliminares de estudo sobre tráfico de drogas na Amazônia. Ambas as pesquisas, que serão lançadas em breve, foram produzidas pelo Centro de Excelência para a Redução da Oferta de Drogas Ilícitas (CdE), projeto fruto de parceria entre a Senad, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Além desses tópicos, os temas do desenvolvimento social comunitário e desenvolvimento alternativo foram abordados em referência de como a convergência de crimes na Amazônia impacta a vida de comunidades mais vulneráveis, como as tradicionais e indígenas. A secretária Nacional de Política sobre Drogas, Marta Machado, destacou a importância de se inserir estratégias de desenvolvimento alternativo no Brasil, criando oportunidades para que sejam construídas perspectivas sustentáveis e legais para fomentar a economia em regiões que sofrem com os efeitos do tráfico e outros crimes como garimpo ilegal, exploração ilegal de madeira, dentre outros.
“É preciso que a repressão ande lado a lado com o desenvolvimento alternativo, tirando pessoas da cadeia do crime. Essa é uma iniciativa muito importante nos países produtores, em que o Estado subsidia a substituição de plantios e o nosso desafio é pensar o que seria o desenvolvimento alternativo no Brasil, que não é um país de cultivo, mas de trânsito de substâncias ilícitas”, argumentou Marta Machado.
Ricardo Saadi, diretor da Dicor/PF, enfatizou a importância da transparência e da elaboração de estudos baseados em evidência, indicando o interesse de que PF e Senad ampliem a colaboração para compartilhamento de dados que auxiliem a produção de pesquisas. “As equipes podem atuar em colaboração para análise e monitoramento de indicadores importantes para direcionamento de esforços na prevenção e combate ao tráfico”, disse.