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Representantes da segurança pública discutem ações de busca de pessoas desaparecidas
- Foto: Cláudia Karoline Rodrigues/MJSP
Brasília, 27/01/2022 – A criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e de um protocolo de investigação padronizado são algumas das pautas discutidas na I Reunião das Autoridades Centrais da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, que reuniu representantes dos 26 estados e do Distrito Federal, nesta quinta-feira (27), no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A iniciativa é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e tem o objetivo de desenvolver, de forma integrada, as ações estabelecidas pela Política, instituída pela Lei Nº 13.812, de 16 de março de 2019.
“É essencial que trabalhemos juntos, possibilitando maior integração das ações, estabelecimento de mecanismos de comunicação e trocas mais efetivas entre as instâncias federal e estaduais, além de interestaduais. Para isso, precisamos definir com urgência a forma de designação e integração das autoridades centrais e, assim, determinar as atribuições de atores tão importantes”, afirmou o secretário Nacional de Segurança Pública, Renato Paim.
A reunião também vai tratar sobre uma nova edição de campanha voltada para as pessoas sem identificação, que vivem em hospitais, unidades de acolhimento e moradores de rua.
O chefe de gabinete do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Marco Vinícius Pereira, reforçou que o andamento da Política também é uma das prioridades da pasta. “Esse encontro de hoje ressalta a intenção do nosso governo de que essa será uma política permanente”, disse o representante da ministra Damares Alves.
Participaram do encontro secretários de Segurança Pública dos estados, delegados de Polícias Civis, chefes de Perícias Científicas e um representante da Delegação Regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, comemora os números alcançados até agora pela Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. “A campanha, que teve início em 2021, em parceria com os estados, já ampliou em 102% o volume de amostras genéticas de pessoas desaparecidas na Rede Integradas de Bancos de Perfis Genéticos. Resultado que mostra o empenho do Ministério para solucionar casos e amenizar o sofrimento de familiares de pessoas desaparecidas”, destaca.
Já foi possível que 42 famílias no país encontrassem os restos mortais de seus familiares desaparecidos. A campanha ainda possibilitou que uma pessoa em situação de rua, dada pela família como desaparecida, fosse identificada em Pernambuco.