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Programa VIGIA completa dois anos e chega a mil agentes de segurança pública protegendo as fronteiras e divisas do País
Brasília, 15/04/2021 - O Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA) completa, nesta quinta-feira (15), dois anos e se consolida, cada vez mais, como uma ação estratégica para o combate ao crime organizado e à repressão aos crimes transnacionais em todas as regiões de fronteira e divisas do país.
O VIGIA, projeto estratégico do Ministério da Justiça e Segurança Pública, atua em três eixos: operações, capacitações e aquisições de equipamentos e sistemas.
Em dois anos, foram quase R$ 3 bilhões de prejuízo aos criminosos, com a apreensão de mais de 870 toneladas de drogas, 113 milhões de maços de cigarros, além de embarcações, veículos e outros produtos oriundos do contrabando. Os números também mostram que, com o reforço da segurança nas fronteiras e divisas do país, o VIGIA evitou um prejuízo de mais de meio bilhão de reais aos cofres públicos.
O Programa está presente em 15 estados: Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Acre, Rondônia, Tocantins, Goiás, Roraima, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Amapá, Rio Grande do Norte e Ceará. O VIGIA segue as diretrizes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), com foco na atuação integrada, coordenada, conjunta e sistêmica entre as instituições.
“Os resultados expressivos durante esses dois anos de Programa mostram que o governo federal está empenhado no combate ao crime organizado. A integração entre as forças de segurança pública federais e estaduais, além de outras instituições parceiras, será cada vez mais reforçada para que o nosso país vença a luta contra o crime”, afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Mais reforço e investimento nas fronteiras e divisas
O número de policiais que atuam, diariamente, no Programa VIGIA passou de 250 para 1.000 operadores protegendo as nossas fronteiras e divisas. “A capacidade produtiva e a disposição para o trabalho dos profissionais que atuam na linha de frente é algo impressionante. Sem esse grande time de enfrentamento ao crime organizado, seria impossível obtermos os resultados que configuram o sucesso do Programa VIGIA”, diz o coordenador-geral de Fronteiras da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), Saulo Sanson.
O Ministério investiu mais de R$ 1,3 milhão em capacitações, treinando quase 2 mil operadores para atuarem como multiplicadores, além de fortalecerem a integração entre si. Também foram investidos cerca de R$ 130 milhões em aquisições de equipamentos de alta tecnologia para dar suporte às equipes em campo, como drones, óculos de visão noturna, equipamentos de radiocomunicação, entre outros.
Bases Integradas
A fim de proporcionar uma maior troca de informações e experiências entre os agentes de segurança que atuam nas fronteiras e divisas de Norte a Sul do país, o VIGIA implementou quatro bases operacionais nos estados do Amazonas, Paraná e na divisa entre Paraná e Mato Grosso do Sul. Até o final de 2021, outras 20 bases integradas serão entregues.
Também para este ano, cães farejadores irão reforçar as operações e ampliar as ações dos policiais, permitindo maior cobertura, seja numa abordagem em ônibus que vêm de outros países, em veículos que cruzam as fronteiras ou pontos da Receita Federal.
O objetivo é expandir esse tipo de operação para todas as bases do programa, que irão receber canis e toda a estrutura necessária para os animais.
Para o secretário de Operações Integradas, Jeferson Lisbôa, o desafio agora é incorporar os mesmos princípios de combate aos crimes transfronteiriços nas áreas de divisas interestaduais. “O Programa VIGIA já fechou todas as fronteiras e agora começamos a ampliar a atuação nas divisas. Com isso, o nosso desafio é reduzir cada vez mais a criminalidade, trazendo uma maior segurança à população”, explica Lisbôa.
Atuação integrada entre as instituições
Para que esse crescimento exponencial acontecesse, o programa conta com a atuação integrada das seguintes instituições: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Força Nacional de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros Militares, Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama), Receita Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira.
Executado pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP), o VIGIA teve início com uma operação-piloto, denominada Hórus, na cidade de Guaíra (PR), em abril de 2019, com o bloqueio de um trecho do Rio Paraná, uma das principais portas de entrada de produtos ilícitos no país. Com apenas seis policiais militares e um policial federal, o resultado das ações fez com que o programa ganhasse capilaridade e fosse replicado para outros estados, entrando para a lista de projetos estratégicos do Ministério.