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Policiais de cinco grandes cidades são treinados para atuar na cena do crime
Brasília, 11/11/2013 – Um crime pode ser elucidado no local onde ele acontece, seja na identificação de uma testemunha ou na coleta de um elemento genético, como sangue ou cabelo. O fortalecimento da atuação policial e pericial, definido como pilar pela Secretaria Nacional da Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ) no Programa Brasil Mais Seguro, é estratégico para a redução da taxa dos homicídios no Brasil.
Em novembro, a Senasp capacitará cerca de 300 profissionais da segurança pública, em edições do curso de Local de crime – níveis multiplicador e operador -, nas cidades de Salvador, Aracaju, Recife, Palmas e Manaus.
A maioria das vagas contempla os profissionais que atuam diretamente na cena do crime e multiplicadores das técnicas em cada estado. Outras edições já foram realizadas em João Pessoa e Cuiabá.
Nas aulas, os alunos vão conhecer as técnicas mais recentes sobre exames periciais, relacionamento com a mídia, providências preliminares em local de crime, técnicas de isolamento e preservação de local, investigação preliminar e produção do relatório de local de crime.
Segundo o perito criminal Renê Carvalho de Brito, do Departamento de Pesquisa, Análise de Informação e Desenvolvimento de Pessoal da Senasp (Depaid), a proposta do curso é melhorar as ações de prevenção e repressão, sobretudo nos crimes de homicídio.
“O fortalecimento da ação da perícia criminal é prioridade para a Senasp e iremos trabalhar com padronização operacional e aplicar técnicas apropriadas em cada cenário, para que os elementos colhidos, no princípio, sejam estratégicos na percussão penal”, explicou o perito.
Homicídios
O planejamento do Brasil Mais Seguro tem alvo bem definido: a redução dos crimes violentos, como homicídios, roubos e latrocínios. A delegada Thereza Simony, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de Sergipe (DHPP), garante que a parte mais importante da atuação de suas equipes é no local do crime.
Para a edição em Aracaju, 22 policiais civis das cinco divisões do DHPP sergipano, recebem as instruções na Academia da Polícia Civil (Acadepol).
Segundo a delegada, das 97 prisões de homicidas realizadas até o final de outubro, na capital e região metropolitana de Aracaju, pelo menos 60% tiveram o autor identificado devido a ações de agentes e peritos no ambiente onde o crime foi consumado.
“A identificação de testemunhas, a conversa com familiares e a coleta de subsídios faz a grande diferença. Resolvemos muitos casos no ambiente do crime. A técnica, somada à experiência policial, resolve muitos dos casos e diminuiu a aplicação de recursos humanos durante o inquérito policial”, garante a delegada Thereza Simony.
Por Lucas Rosário
Agência MJ de Notícias
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