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Policiais civis de quatro estados prendem 23 pessoas durante a Operação Squadrone
Foto: Divulgação
Brasília, 10/04/2024 - Policiais civis do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de São Paulo realizaram, nesta quarta-feira (10), uma ação contra integrantes de associação criminosa destinada aos crimes de tráfico de drogas, de porte ilegal de armas de fogo e de comércio irregular de munições e armas. A Operação Squadrone ocorreu em 21 municípios dos quatro estados e resultou na prisão de 23 pessoas e apreensão de dinheiro em espécie, telefones celulares e porções de drogas.
A Operação recebeu o apoio do projeto I.M.P.U.L.S.E., da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diop/Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Ela contou com mais de cem policiais do Rio Grande do Sul, em conjunto com 90 policiais de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Foram expedidos 31 mandados de prisão e 40 mandados de busca e apreensão. Houve, ainda, 26 bloqueios de contas bancárias nos 21 municípios.
Lideradas pela 2ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico da PCRS (2° DIN/Denarc), as ações ocorreram nos municípios gaúchos de Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Triunfo, Sapucaia do Sul e Rio Grande. Já em Santa Catarina, as ordens judiciais foram cumpridas em Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Balneário Camboriú, Criciúma, Içara, Itajaí, Itapema, Joinville, Navegantes, Penha e Tubarão. No Paraná, foram cumpridas medidas em Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu. Por fim, em São Paulo, as ações se deram nos municípios de Ribeirão Preto e Itaquaquecetuba.
Investigações
As investigações começaram há mais de 15 meses, quando um casal foi flagrado comercializando porções de crack no Bairro Intercap, em Porto Alegre. O homem possuía antecedentes policiais no estado de Santa Catarina e a mulher, paranaense, era menor de idade.
A partir desta prisão, a investigação apurou a existência de uma associação criminosa, muito estruturada, especializada nos crimes de tráfico de drogas, posse, porte e comércio ilegal de munições e armas de fogo de uso restrito, envolvendo lideranças de dois grupos criminosos atuantes em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Na ocasião, os policiais descobriram que um dos indivíduos, alvo da operação, era responsável pela conexão entre os grupos criminosos, que realizavam grandes negociações de entorpecentes, principalmente de cocaína e crack.
Em um intervalo de 15 dias, por exemplo, foram movimentados mais de R$ 5 milhões com a venda de cocaína e crack intermediada pelos grupos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O dinheiro recebido era destinado para contas de empresas de fachada no Paraná e em São Paulo, além de uma casa de câmbio em Santa Catarina.
Um dos principais alvos da ação policial foi um homem português naturalizado brasileiro, que seria responsável pela comercialização de drogas em um perfil nas redes sociais. Com os lucros obtidos, ele sustentaria uma vida de luxo.