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Polícia Federal realiza operação para combater práticas ilegais no mercado financeiro
Foto: Divulgação/PF
Brasília, 07/08/2024 – A prática ilegal de front running, que é quando um investidor do mercado financeiro utiliza informação exclusiva e sigilosa para obter vantagens, motivou a Operação Rabbit, da Polícia Federal, que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (7).
A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores de mais de R$ 5 milhões, quantia arrecadada pelo grupo investigado, bem como o afastamento de um funcionário do seu cargo em uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) por envolvimento com o esquema ilícito. Todas as ordens judiciais citadas foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
Movimento do mercado
Ficou comprovado que taxa de êxito em operações de compra e venda de ativos que visa lucrar com a oscilação do fluxo diário, conhecidas como day trade, era superior a 94%, com o uso das informações privilegiadas. As investigações contaram com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A operação teve com base em uma denúncia de que os criminosos estariam utilizando informações exclusivas, internas e sigilosas para se antecipar aos movimentos do mercado de ações, com a finalidade de obter vantagem financeira. Essa ação configura o crime de front running, que consiste na prática de um operador financeiro antecipar a um investidor que irá realizar uma grande operação, capaz de influenciar no preço de mercado de um ativo e, assim, gerar lucro, configurando assim um conflito de interesses por meio do uso de informação privilegiada.
Também foi possível descobrir que as informações eram fornecidas por um funcionário de uma DTVM, instituição financeira que tem como objetivo intermediar a compra e venda de títulos e valores mobiliários. Ele repassava as informações para pessoas conhecidas, com o intuito de que estas se antecipassem aos movimentos do mercado.
*Com informações da Polícia Federal