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Polícia Federal cria Unidade Especial para intensificar a repressão a crimes cibernéticos
Brasília, 28/6/2022 (MJSP) - O Brasil foi o 5º país do mundo que mais sofreu com crimes cibernéticos, em 2021. Para intensificar a repressão a esses delitos, a Polícia Federal inaugurou, nesta terça-feira (28), a Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos (UEICC). A iniciativa é um dos pontos da parceria público/privada proposta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para promover a troca de informações em busca de resoluções mais rápidas e prevenção contra crimes cibernéticos.
O lançamento da UEICC faz parte da Semana Nacional de Segurança Pública comemorativa ao Bicentenário do MJSP. No período de 27 de junho a 1º de julho, o Ministério entrega à sociedade uma série de programas e iniciativas na área da segurança. Confira a programação.
Combate a crimes virtuais
Além de crimes cibernéticos relacionados a instituições bancárias, a UEICC irá intensificar a repressão a diversos outros crimes praticados no ambiente virtual, como a pornografia infantil, contra instituições públicas, setor varejista, operadoras de telefonia, telecomunicações, entre outros.
De acordo com o Diretor-Geral da PF, Márcio Nunes, o órgão já vem combatendo esses crimes por meio dos rastros que os criminosos deixam e procedido com a responsabilização dos autores a partir de investigações.
Fraudes bancárias
O presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney, afirma que o setor bancário tem sido alvo de criminosos cibernéticos. Ele revelou que, nos últimos dois anos, as tentativas de fraudes bancárias somaram R$ 8 bilhões. Desse montante, os criminosos tiveram êxito em R$ 2 bilhões em fraudes e na aplicação de golpes em clientes, depositantes e investidores.
A Federação Brasileira de Bancos criou um laboratório que simula ataques cibernéticos para conter fraudes e já capacitou mais de quatro mil colaboradores. São esses dados de ataques que a instituição irá compartilhar com a Polícia Federal, por meio de Acordo de Cooperação Técnica assinado, em março, para que seja intensificado o combate a esses crimes.
MP / DB