Notícias
Polícia Civil deflagra operação para reprimir ataques cibernéticos no RS com apoio do Ministério da Justiça
Brasília, 10/9/2022 (MJSP) - A Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações da Polícia Civil do Rio Grande Sul (DRCID/DEIC) prendeu uma pessoa identificada como a responsável por atacar uma dezena de Provedores no estado, e apontada por outra centena de ataques a Provedores de Serviços de Internet (PSI) nos demais estados brasileiros. As investigações apontaram que além de cobrar as extorsões em bitcoins, o suspeito convertia valores recebidos na moeda corrente em criptoativos. A prisão ocorreu, nesta terça-feira (6), durante a Operação Bug Data e contou com apoio do Núcleo de Operações com Criptoativos (NOC) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Contra o suspeito havia um mandado de prisão preventiva. Após os trâmites de praxe, ele foi encaminhado ao sistema penitenciário gaúcho e ficará à disposição da Justiça.
Durante a operação, também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Rio Grande e Pelotas. Houve apreensão de diversos telefones celulares e equipamentos de informática, os quais foram analisados in loco pelo Instituto Geral de Perícias (IGP/RS), que colaborou na busca da prova criminal.
A operação foi deflagrada para apurar os crimes de extorsão, invasão de dispositivo informático e interrupção ou perturbação de serviço informático e telemático.
Crime cibernético
Segundo a investigação, um provedor de internet da cidade de Uruguaiana/RS foi alvo do chamado "ataques DDoS", que significa “Distributed Denial of Service” ou “Negação de serviço distribuída”. Na sequência, a empresa recebeu mensagens de um indivíduo que se apresentava com o falso nome de Artur Rezende e praticava a extorsão para encerrar os ataques.
Entenda
A intensidade do ataque torna o serviço instável ou indisponível. Com isso, milhares de usuários do provedor atacado ficam sem acesso à banda larga ocasionando severos prejuízos financeiros e até mesmo à saúde pública.
Isto porque, a instabilidade do provedor prejudica o acesso a dados relevantes que só poderiam ser acessados através da internet, prejudicando entidades com serviços essenciais como por exemplo, de hospitais, delegacias e aeroportos.
Após o primeiro ataque, o criminoso exige valores para que cessem as investidas, fazendo com que os provedores de conexão aceitem as exigências dos criminosos e cedam às extorsões.
Mais ataques
A polícia já identificou que o grupo criminoso está por trás de outros dez ataques a provedores de internet somente no Rio Grande do Sul, e com auxílio do Ministério da Justiça trabalha para comprovar a participação em centenas de outros nos demais estados da federação.
No Distrito Federal, a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/PC/DF) já possui inquérito instaurado praticado pelo indivíduo preso na operação, assim como a Polícia Civil de SP, onde o suspeito praticou o ataque em desfavor a um Provedor na cidade de Barretos/SP, e prejudicou consideravelmente a qualidade dos serviços prestados a um dos mais importantes eventos nacionais: Rodeio de Barretos.