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PF desarticula grupo investigado por importação irregular e comércio ilegal de mercadorias por meio de plataformas digitais
Foto: Divulgação / MJSP
Brasília, 05/03/2024 - A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (5), a Operação Ossos de Vinha, para desarticular esquema de venda de produtos importados comercializados em plataformas digitais sem as devidas declarações e tributações.
A investigação aponta que, desde 2019, foram mais de R$ 4,5 milhões comercializados em mercadorias ilegais por meio de marketplace com clientes de sete estados.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão - cinco no Rio Grande do Sul, nos municípios de Muçum, Guaporé e Jaguarão, e um na cidade de Gravatal (SC).
Também houve 12 medidas cautelares substitutivas da prisão preventiva, além de decretos judiciais de sequestro de veículos e imóveis e bloqueio de valores depositados em contas dos investigados e de empresas.
A Operação teve início em outubro de 2021, após a apreensão de uma carga de bebidas realizada na BR-471, em Pântano Grande (RS).
Segundo as investigações, o grupo criminoso era responsável pela internalização e posterior comercialização de bebidas e de outros produtos de origem estrangeira, como televisores e aparelhos de ar-condicionado, trazidos da Argentina e do Uruguai.
Posteriormente, as mercadorias eram enviadas a compradores estabelecidos em grandes centros comerciais, como São Paulo e Rio de Janeiro, que adquiriam os produtos, principalmente, por meio de plataformas digitais.
Aparência de legalidade e free shop
Na tentativa de dar aparência de legalidade ao processo de comercialização dos produtos irregulares, os líderes do esquema criminoso utilizavam a movimentação bancária de uma empresa de fachada que também era responsável pela emissão das notas fiscais falsas.
A investigação apontou, ainda, a existência de um consórcio firmado entre os principais líderes do grupo criminoso e um free shop em Rio Branco, no Uruguai. O esquema consistia na troca de vinhos trazidos irregularmente da Argentina por bebidas destiladas. A substituição era feita com o proprietário do estabelecimento comercial.
Com informações da Polícia Federal