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Operação Resguardo mira combate a crimes de violência contra a mulher no Brasil
Brasília, 08/03/2021 – Mais de 9 mil pessoas já foram presas no Brasil durante a Operação Resguardo, a maior já realizada no combate a crimes de violência contra a mulher nos 26 Estados e no Distrito Federal. A operação, que será encerrada nesta segunda-feira (8) - Dia Internacional da Mulher, é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi).
A operação começou no dia 01 de janeiro deste ano e até as 12h desta segunda-feira (8), mais de 46 mil denúncias foram apuradas nos diversos canais, sejam municipais, estaduais e federais. Além disso, foram registrados mais de 9,1 mil presos, decorrentes de flagrantes e mandados de prisão expedidos pela Justiça; cumpridos cerca de 56 mil medidas protetivas, com mais de 168 mil vítimas atendidas, 1.226 armas apreendidas e cerca de 70 mil visitas e de diligências realizadas pelas polícias civis.
“Os números são bastante expressivos. Houve uma adesão em massa das polícias civis de todos os Estados e do Distrito Federal, configurando com isso a maior ação integrada de combate a crimes de violência contra a mulher no país. Alguns Estados colocaram mais de 100 unidades policiais à disposição atuando e mais de 3 mil policiais, por exemplo”, informou o coordenador-geral de Planejamento Operacional da Seopi, Fernando Oliveira
Para o secretário de Operações Integradas do MJSP, Jeferson Lisbôa, o trabalho das equipes envolvidas é fundamental para reforçar o sucesso da operação. “Uma força extraordinária, que demonstra a importância que esse caso específico apresenta, com números surpreendentes, e que mostra a carência anteriormente existente e que nós não vamos deixar voltar a ocorrer. Essa se tornará operação de rotina, não só hoje, aproveitando uma data comemorativa, mas nós queremos transformar ações de violência contra a mulher em ações rotineiras”, afirmou.
Representando o ministro André Mendonça na coletiva, o chefe de gabinete do MJSP, Rodrigo Hauer, destacou que essa é mais uma medida de fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que prevê uma atuação conjunta, coordenada, integrada e sistêmica entre os governos federal e estaduais.
“Essa é uma operação que tem adesão em âmbito nacional, desenvolvida de forma conjunta. O ministro [da Justiça e Segurança Pública] André Mendonça tem reforçado a ideia de fortalecimento do SUSP, e isso passa por integrar as polícias de todos os Estados. Por isso, a Operação Resguardo traz números expressivos que demonstram como o Ministério da Justiça e Segurança Pública quer trabalhar de forma integrada no combate à criminalidade no país. Destaco aqui o apoio das Unidades da Federação e do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos no combate à violência contra mulher”, afirmou.
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também esteve presente no evento e afirmou que a operação é um marco para o combate à violência contra as mulheres. “Posso afirmar que este é um governo que tem tido um olhar diferente para a proteção da mulher. Além disso, quero agradecer lá na ponta, todos os policiais que estão envolvidos neste momento, e que desde o dia 1º de janeiro estão nas ruas protegendo as mulheres”, destacou a ministra.
Cristiano Barbosa Sampaio, presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, também falou da importância da integração e do trabalho conjunto entre as forças de segurança pública e a União. “Este tipo de trabalho deve ser feito de maneira consciente, permanente e que se alastre por todo o território nacional. As Secretarias de Segurança Pública estão mais próximas e, com alegria, vemos essa integração se concretizar. É liderando as grandes pautas nacionais, liderando os grandes movimentos, liderando grandes operações que o Brasil precisa trabalhar de maneira uniforme. As polícias de todo o país precisam trabalhar para o mesmo resultado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública tem feito isso”, disse.
Operação Resguardo
A Operação Resguardo teve início com a apuração de denúncias, análise de procedência dessas denúncias, instauração de inquéritos policiais, levantamento de mandados de prisão e cumprimento de mandados judiciais pelas polícias civis, principalmente pelas delegacias especializadas no atendimento à mulher.
Ao todo, mais de 16 mil policiais civis atuam, de forma conjunta, na busca de suspeitos de ameaças, tentativas de feminicídio, lesão corporal, descumprimentos de medidas protetivas, estupro, importunação, entre outros crimes.
O balanço final da Operação Resguardo em todo o país será divulgado pelo Ministério até o fim da tarde desta segunda-feira (8).