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Operação Mute apreende quase mil celulares em unidades prisionais
Foto: Divulgação/Senappen
Brasília, 30/07/2024 - Na quinta fase da Operação Mute, conduzida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), foram apreendidos 982 celulares utilizados para comunicação ilícita dentro dos presídios brasileiros. Este resultado, combinado com as apreensões das quatro fases anteriores, eleva o total de celulares retirados dos presídios para 4.757, um passo crucial para dificultar a articulação das organizações criminosas.
Realizada entre 24 e 26 de julho, a operação ocorreu simultaneamente em todo o Brasil e mobilizou 3.463 policiais penais, que inspecionaram mais de 3 mil celas, onde estão abrigadas 54 mil pessoas privadas de liberdade. Além dos celulares, foram apreendidos 348 materiais perfurocortantes, mil carregadores, 397 chips, 314 fones de ouvido, 29 roteadores e 19 pen drives.
Trata-se de uma operação importantíssima porque resulta na integração das polícias penais de todas as unidades da Federação com a Polícia Penal Federal, em um trabalho fortemente direcionado a impactar na comunicação do crime com o mercado criminoso fora dos muros das unidades prisionais”, explicou o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia. “Essa colaboração é decisiva para a estratégia nacional de combate ao crime organizado e contribuirá para a redução de indicadores criminais, especialmente os crimes letais intencionais que afetam a população brasileira.”
Balanço
Com os resultados das quatro fases anteriores, a Operação Mute já resultou na apreensão de 4,7 mil celulares, além de 1,8 mil materiais perfurocortantes, quatro artefatos explosivos e três armas de fogo. No total, a operação mobilizou 18 mil policiais penais em mais de 350 unidades prisionais, que abrigam cerca de 300 mil detentos.
Durante a Operação Mute, as revistas intensivas em pavilhões e celas têm como alvo principal a retirada de aparelhos celulares, ferramentas essenciais para o crime organizado que facilitam a perpetuação de delitos e a escalada da violência nas ruas. O uso clandestino desses dispositivos configura um grave problema nacional, com impactos significativos nas esferas social, psicológica e econômica. Para enfrentar esse desafio, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) está implementando novas rotinas e procedimentos nos estabelecimentos penais e colaborando com outras forças para combater as comunicações proibidas dentro do sistema prisional.
A Operação Mute se estende por todas as unidades federativas, conduzida através de mutirões de revistas com o objetivo de retirar celulares dos principais estabelecimentos penais do Brasil. A coordenação é realizada pela Coordenação de Projetos e Inovação da Senappen, em colaboração com as agências de inteligência das polícias penais das unidades federativas envolvidas.