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MJSP integra operação internacional que investiga tráfico de drogas na deep web
Brasília, 02/05/2023 - O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) participa, nesta terça-feira (2), da Operação SpecTor, promovida pelo Joint Criminal Opioid and Darknet Enforcement (JCode), do Departamento de Justiça do FBI, que visa interromper o tráfico de Fentanil, opióides e outros produtos e serviços ilegais na deep web, parte obscura da internet, em que os usuários não são identificados e os conteúdos não aparecem em sites de busca e, também, não são indexados.
O Brasil representou a América Latina na Operação por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência, (Ciberlab/Diop), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Também participaram policiais civis do Piauí e de Brasília, por meio da Diretoria de Inteligência e da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, respectivamente.
Iniciada em 2021, a Operação SpecTor mapeou diversas redes de fabricantes, cadeias de suprimentos, compradores, revendedores e usuários na darknet.
No total, 288 pessoas foram presas em mais de 50 países - o maior número já registrado em uma operação do JCode. As agências de aplicação da lei também realizaram mais apreensões do que qualquer operação anterior, incluindo 117 armas de fogo, 850 kg de drogas - entre eles, 64 kg de fentanil ou narcóticos com fentanil -, e US$ 53,4 milhões em dinheiro e moedas virtuais (aproximadamente R$ 275 milhões). No Brasil, uma pessoa foi presa e cápsulas de ecstasy, apreendidas.
“A ação demonstra a importância da integração nos trabalhos de enfrentamento a crimes cibernéticos. O Ciberlab já vem atuando nesse sentido, realizando operações integradas no ciberespaço. Com a Spector, reforçamos a presença do Brasil num cenário de cooperação internacional, e, sobretudo, mostramos que é possível investigar crimes na deep web, que o criminoso não pode se ocultar totalmente”, destacou o coordenador do Ciberlab, Alessandro Barreto.
Além do MJSP, a cooperação internacional conta, ainda, com o European Cybercrime Centre (EC3) da Europol, que atuou no Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Polônia, Suíça e Áustria.
Operação Abissal
Antes de participar da força-tarefa internacional, o Ciberlab já havia deflagrado a Operação Abissal, em março deste ano, também para reprimir atos ilícitos na deep web, especialmente o tráfico de drogas. No Brasil, a pena para o crime é reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de multa.
*Com informações do FBI