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MJSP integra força-tarefa de acolhimento de repatriados do Líbano
Foto: Luana Medeiros/Divulgação MJSP
Brasília, 08/10/2024 - A força-tarefa de acolhimento de brasileiros repatriados do Líbano, organizada pelo Governo Federal, recebeu, nesta terça-feira (8), aeronave com 227 passageiros. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), faz o controle e identificação dos recém-chegados.
Esse é o segundo voo da Operação Raízes do Cedro, que já resgatou, até o momento, 456 pessoas do território alvo de ataques israelenses nos últimos dias. De acordo com o Itamaraty, 3 mil pessoas manifestaram interesse na repatriação. Nesta terça-feira, o terceiro voo deixou o Brasil com provável data de retorno com mais passageiros na quinta-feira (10).
A diretora de migrações do MJSP, Luana Medeiros, explica que o trabalho é feito com o apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “O atendimento dos repatriados tem levado 30 minutos. A PF montou uma equipe especializada e dedicada ao controle migratório e, junto com a Receita Federal, também faz a parte aduaneira”, esclareceu a diretora.
A PRF é responsável pelo suporte logístico humanitário em traslados terrestres da base aérea ao aeroporto de Guarulhos (SP) até as residências das pessoas que moram em São Paulo ou os eventuais abrigos temporários.
Representantes do Departamento de Migrações, do MJSP, estão em Guarulhos para dar suporte à equipe local de acolhimento nos processos de triagem e de identificação. “Essas pessoas estão chegando de uma zona de guerra e precisam ser acolhidas. As equipes entrevistam os repatriados, identificam as suas necessidades e fazem os encaminhamentos necessários”, explica Luana.
Operação Raízes do Cedro
A Operação Raízes do Cedro segue o modelo de outras repatriações, como a de Gaza, em 2023. Nas força-tarefa do Governo Federal, o MJSP e a PF atuam conjuntamente na regularização da documentação civil dos brasileiros para que esses cidadãos possam exercer e usufruir de seus direitos no retorno ao País.
O procedimento tem o objetivo de garantir o acompanhamento posterior dessas pessoas e o encaminhamento delas para o acesso aos serviços como o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Rede de Assistência Social (Suas).
O comando da operação está a cargo dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, com apoio de outros órgãos como o MJSP, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, da Organização Internacional para as Migrações e do Governo de São Paulo.