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MJSP indica profissionais do Conselho Federal de Administração para gerenciar 73 empresas confiscadas na operação Rei do Crime
Brasília, 01/10/2020 - A Secretaria Nacional de Política sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senad/MJSP) vai indicar profissionais, por meio do acordo firmado com o Conselho Federal de Administração (CFA), para gestão de 73 empresas vinculadas ao PCC que foram confiscadas pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 30, na operação Rei do Crime. A medida tem como objetivo viabilizar a preservação do valor econômico do patrimônio e a manutenção de empregos.
Na operação, com mandados cumpridos nas cidades de São Paulo, Bauru, Igaratá, Mongaguá, Guarujá, Tremembé (SP), Londrina, Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC), foi solicitada a interdição da atividade econômica financeira de postos de combustíveis, lojas de conveniência e escritórios de assessoria e contabilidade utilizados pela facção criminosa para movimentação de valores ilícitos. A partir da indicação de profissionais capacitados e recomendados pelo CFA, o patrimônio será administrado e preservado, assim como milhares de empregos, resguardando o direito de funcionários e possíveis sócios que atuavam de boa-fé, sem nenhum vínculo ao crime.
Segundo o Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Luiz Roberto Beggiora, a parceria entre a Senad e o CFA viabiliza a criação de um banco de dados de profissionais experientes em gestão de empresas, aptos a auxiliar o Poder Judiciário no gerenciamento das empresas confiscadas em operações contra o crime organizado e o combate à lavagem de dinheiro, no Brasil ou no exterior. “A ação evitará a desvalorização de empresas e ativos apreendidos na Operação Rei do Crime, que deverão ir a leilão posteriormente”, esclarece. Desde a assinatura do acordo de cooperação com o Conselho Federal, firmado em junho de 2020, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública já repassou à Justiça diversos nomes de administradores indicados pelo CFA para gerir empresas confiscadas por acobertarem atos ilícitos.
Além das empresas, foram apreendidos outros bens, entre veículos, embarcações e aeronaves, somando a quantia de R$32 milhões. O Ministério da Justiça e Segurança Pública disponibiliza, em todas as unidades da federação, leiloeiros contratados pela Senad para a realização de leilões de bens sujeitos a perdimento em favor da União em decorrência da prática de crimes.
Nos casos relacionados ao tráfico de drogas, o montante arrecadado após o leilão dos bens é destinado ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad) para o financiamento de políticas públicas de combate a entorpecentes.