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Ministro Flávio Dino reforça, junto à Interpol, o compromisso de combate ao crime organizado
Foto: Jamile Ferraris/MJSP
Brasília, 07/11/2023 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, recebeu, nesta terça-feira (07), a visita do diretor internacional da Interpol, Ahmed Naser Al-Raisi. O encontro, ocorrido no Palácio da Justiça, ampliou o diálogo e estreitou, ainda mais, as relações entre o MJSP e a tradicional polícia internacional. Ahmed Naser Al-Raisi é um policial de alto escalão dos Emirados Árabes Unidos e ocupa, atualmente, o cargo de 30º presidente da Interpol.
A visita ocorreu por ocasião do centésimo aniversário da Interpol. O ministro Flávio Dino agradeceu o encontro, reforçou a importância da Interpol no combate ao crime e ressaltou o trabalho da instituição e a parceria que ela tem com a Polícia Federal no Brasil. Também colocou a PF à disposição da Interpol no sentido de colaborar, ainda mais, no combate ao crime organizado.
Já o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que a visita do diretor internacional da Interpol ao Brasil representa um momento marcante e histórico para a segurança pública, não só do país, mas de todo o mundo. “A gente tem a oportunidade de receber o presidente da Interpol e receberemos, também, o secretário-geral. São mais de 20 países reunidos no Brasil não só para celebrar o centenário da Interpol, mas, também, para reafirmar o nosso compromisso com a cooperação internacional e com a formalização do Tratado de Brasília, que finalmente trará ao mundo jurídico a Ameripol”, explicou o diretor-geral da Polícia Federal.
A Ameripol é uma organização dedicada ao intercâmbio de informações policiais, à operações conjuntas e à capacitação de seus membros. Ela atua desde 2007 como organismo de cooperação policial internacional. Atualmente sediada em Bogotá, Colômbia, tem 36 forças policiais de 30 países do continente americano, além de 31 membros observadores, representando organismos internacionais e outras forças policiais de diferentes continentes.
O Tratado de Constituição da Ameripol, conhecido como “Tratado de Brasília”, será assinado nesta quinta-feira (9), no Ministério da Justiça e Segurança Pública. A cerimônia celebrará o reconhecimento da Comunidade de Polícias das Américas (Ameripol) como organismo internacional. O evento contará com a participação dos ministros de Interior e Justiça de 12 países membros.
Cooperação internacional
Andrei Rodrigues ressaltou que o encontro foi de extrema relevância e acentua a cooperação internacional e melhora a atuação do Brasil no combate ao crime organizado. “A Polícia Federal representa o Brasil na Interpol e é representante da Interpol no Brasil. Ou seja, hoje temos oito policiais da PF que integram os quadros da Interpol, e, ainda, temos um escritório central aqui em Brasília, além de representações em todas as 27 capitais, nas nossas superintendências. Portanto, a relação é direta, efetiva, produtiva e trata fundamentalmente do tema da cooperação policial internacional no qual temos atuação diária com grande destaque”, explicou, lembrando que o escritório é um dos que têm mais destaque entre os 195 países com representação da Interpol. “É um dos mais destacados em termos de quantidade e qualidade de trabalho”, disse Andrei Rodrigues.
Outro assunto abordado foi a sucessão na direção da Interpol. De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal, há uma expectativa muito grande do Brasil e da própria PF. Ele citou, por exemplo, Valdecir Urquiza, como uma possibilidade de ser o próximo secretário-geral da Interpol. “É um candidato qualificadíssimo, com experiência e trabalha há mais de quatro anos na Interpol. Hoje, Urquiza é vice-presidente da Interpol para as Américas e seria a primeira vez que teríamos um latino-americano na Secretaria-geral da Interpol. Isso traria um significado muito importante para as relações e o equilíbrio das relações multilaterais”, definiu Andrei Rodrigues.
Interpol
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) é a maior organização internacional policial criminal do mundo. Ela é sediada em Lyon, na França, e foi fundada em 1923. A Interpol fornece suporte de investigação, conhecimento e treinamento para a aplicação da lei em todo o mundo na luta contra três áreas principais de crime transnacional: terrorismo, crime cibernético e crime organizado. Ela abrange praticamente todo tipo de crime, incluindo crimes contra a humanidade, pornografia infantil, tráfico e produção de drogas, corrupção política, violação de direitos autorais e crime do colarinho branco. A agência também ajuda a coordenar a cooperação entre as instituições policiais do mundo por meio de bancos de dados criminais e redes de comunicação.