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Lewandowski encaminha à PF pedido para apurar divulgação de fake news sobre enchentes no RS
Foto: Divulgação/MJSP
Brasília, 07/05/2024 – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pediu à Polícia Federal (PF) a abertura de investigações sobre a divulgação de conteúdos falsos a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul. Os conteúdos falsos (fake news) têm atrapalhado as operações de resgate no estado montadas pelos governos federal, estadual e municipais. Até o momento, mais de 90 mortes foram registradas no Estado.
O encaminhamento feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) à PF surgiu a partir de pedido da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR). A apuração vai buscar narrativas desinformativas e criminosas vinculadas às enchentes e desastres ambientais ocorridos no Rio Grande do Sul, destacando-se sua relevância e impacto no aprofundamento da crise social vivida pela população.
A Secom/PR enviou ao ministro Ricardo Lewandowski, inclusive, uma relação de postagens que comprovam a existência de fake news ao mesmo tempo em que solicitou a adoção de providências, tanto para a apuração dos ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação e individualização de condutas, quanto para reforçar a credibilidade e capacidade operacional das instituições em momentos de crise.
Conteúdos
Os conteúdos afirmam, por exemplo, que o Governo Federal não estaria ajudando a população, que a Força Aérea Brasileira (FAB) não teria agilidade e que o Exército e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estariam impedindo a chegada dos caminhões de auxílio.
Há, ainda, a preocupação do impacto causado por esse tipo de narrativa na credibilidade de instituições como o Exército, FAB, PRF e ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. E a certeza de que a propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população na capacidade de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos.
O MJSP também vai acionar, com a Advocacia-Geral da União AGU), os órgãos competentes para eventuais ações judiciais e de responsabilização dessas pessoas no sentido de que é fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das instituições federais, estaduais e municipais frente a tais crises.