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Histórias de superação são comuns nas comunidades terapêuticas
Pelas pessoas que acolhe, a comunidade terapêutica Instituto Padre Haroldo, em Campinas (SP), desfaz a idéia de que os mais pobres são os mais vulneráveis à destruição causada pelas drogas.
A palavra fácil revela a inteligência e a sagacidade de M. F. A aparência saudável esconde uma trajetória da qual ele não se orgulha. Dentre outras profissões, foi assessor parlamentar e empresário mas chegou ao “fundo do poço” por volta dos 30 anos. “Aos quatro meses de casamento, minha mulher me deixou. Eu chegava a cheirar entre R$ 4 mil e R$ 5 mil de cocaína por mês. Hoje estou falido, quebrado. Pra quem usa, um recado: ‘Entrou nessa, vai perder’”.
Para se ter a idéia do poder destrutivo do Crack, basta conversar com K. R, ex-moradora de rua. O porte franzino, 50 quilos, impede visualizá-la há um mês, com os 39 quilos que ela pesava ao ingressar no Instituto Padre Haroldo. Ela chegou a esse estado depois de apenas um ano de consumo de crack. Quando decidiu parar, já morava na rua e se prostituía.
Mas a magreza, a aparência desgastada e o sofrimento estampado no rosto e no corpo não são a única “cara” do Crack. Como um Engenheiro Agrônomo de 42 anos, casado, pai de dois filhos chegou a ficar dois dias sem aparecer em casa? Cocaína e Crack é a resposta. A. G. é um homem forte, cuja aparência tranqüila afasta suspeitas de uso de drogas. Mas é só aparência. Consumidor de cocaína, ele precisou de “algo mais forte” para diminuir o sofrimento de uma demissão. E a cocaína já não fazia o efeito desejado.
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