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Filme sobre anistiadas leva 3 prêmios no festival de Gramado
O documentário "Repare Bem", da portuguesa Maria de Medeiros, levou três kikitos no 41º Festival de Cinema de Gramado: melhor filme na categoria longa-metragem estrangeiro, prêmio Don Quixote e o troféu Júri da Crítica de melhor longa-metragem estrangeiro. “Repare bem” conta a história de três gerações de mulheres perseguidas políticas, a partir dos relatos de Denize Crispim e Eduarda Leite, mãe e filha, duas anistiadas pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
O filme é resultado do Projeto Marcas da Memória, mantido pela Comissão de Anistia, para promover o direito à verdade e à memória. A história de "Repare Bem" enfoca a vida de Eduarda, que cresce sem conhecer o seu país de origem e sem conhecer o pai, Eduardo Leite, o "Bacuri", morto pela ditadura após 109 dias de tortura. Eduarda só conseguiu inserir o nome do pai em sua certidão de nascimento em 2009 por determinação da Comissão de Anistia.
Denize (a mãe) é filha de Encarnación Lopes Perez (ex-presa política) e José Maria Crispim (militante comunista, deputado constituinte em 1946). Seu irmão Joelson foi assassinado aos 22 anos pela ditadura militar e sua mãe foi presa. Denize, após se envolver com o militante Eduardo Leite, ficou grávida e tem Eduarda num hospital militar. O companheiro dela é torturado e assassinado. Denize tenta reconstruir sua vida no Chile e depois do golpe de Pinochet segue para Itália com a filha como clandestina.
Atualizado dia 18/08 às 10h
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