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Em um ano, investigações criminais auxiliadas pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos cresceram 73%
Brasília, 16/12/2021 - A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), projeto estratégico do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), já auxiliou 3.427 investigações criminais no Brasil, revela relatório semestral publicado nesta semana. Em um ano, foram 1.450 investigações auxiliadas, o que representa um crescimento de 73% comparado ao número total divulgado em dezembro de 2020. A RIBPG foi criada em 2013.
Além disso, a Rede também já registrou 4.238 coincidências confirmadas, sendo 3.226 entre vestígios e 1.012 entre vestígio e indivíduo cadastrado criminalmente. Na coincidência entre vestígios, descobre-se que os dois crimes foram cometidos pela mesma pessoa, mas não se sabe quem é. Já entre vestígio e indivíduo, sabe-se exatamente quem foi a pessoa que deixou o material biológico na cena de crime.
Os números expressivos são resultados do comprometimento do Governo Federal em investir em tecnologia para auxiliar a elucidação de crimes. Desde o início da atual gestão, o Ministério investiu cerca de R$ 150 milhões na RIPBG, sendo R$ 80 milhões somente em 2020, e R$ 35 milhões, em 2019 o que representa um aporte recorde de recursos para a área.
“Com a integração entre os estados, Distrito Federal e União, espera-se aumentar continuamente a contribuição da Rede Integrada de Perfis Genéticos como ferramenta para identificação de crimes em série, identificação de possíveis autores de delitos e, ainda, permitir a revisão de condenações de inocentes”, destaca o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
A 15ª edição do relatório traz o número de 136.369 perfis genéticos cadastrados, um aumento de 23% em relação à última publicação, em junho deste ano. Desses, 125.206 são perfis genéticos relacionados à esfera criminal. O aumento de inserção de perfis nos bancos da RIBPG de indivíduos cadastrados criminalmente, trouxe impactos positivos no número de coincidências registradas, cujo crescimento foi da ordem de 22% no último semestre, passando de 85.203 para 104.076.
O relatório apresenta, ainda, que atualmente há no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), da Polícia Federal, uma maior proporção de perfis genéticos de condenados (74,80%), seguido de vestígios (15,49%), familiares de pessoas desaparecidas (4,27%) e restos mortais não identificados (3,85%).
Desaparecidos
Os dados atuais demonstram também um incremento de mais de 54% na quantidade de perfis relacionados a pessoas desaparecidas quando comparado ao último período analisado. Tal crescimento foi impulsionado pelo aumento de 89% na quantidade de perfis da categoria Familiares de Pessoas Desaparecidas, e de 28% na quantidade de perfis da categoria Restos Mortais Não Identificados inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos no último semestre, o que pode ser atribuído à Campanha Nacional de Coleta de Familiares de Pessoas Desaparecidas.
Com a campanha realizada pelo MJSP em parceria com os estados, já foi possível que 42 famílias no país encontrassem os restos mortais de seus familiares desaparecidos. A campanha ainda possibilitou que uma pessoa em situação de rua, dada pela família como desaparecida, fosse identificada em Pernambuco.
A RIBPG é formada, atualmente, por 22 laboratórios de genética forense vinculados a unidades de perícia estaduais, distrital e federal. O estado com maior contribuição absoluta de perfis genéticos no BNPG é São Paulo (19.674 perfis), seguido por Minas Gerais (17.693 perfis), Pernambuco (17.420 perfis), Rio Grande do Sul (11.521 perfis) e Goiás (10.842 perfis), nesta ordem.
Para conhecer o XV relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos clique aqui