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Brasil e Itália discutem detalhes de acordo com a PRF
Foto: Divulgação/MJSP
Roma, 11/10/2024 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, reuniu-se, nesta sexta-feira (11), em Roma, com o ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, para, entre outros assuntos, discutir detalhes de cooperação entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polizia Stradale da Itália.
A proposta tem como objetivo aprimorar a segurança nas estradas de ambos os países, por meio da troca de informações e oferta de cursos de capacitação, além de compartilhar técnicas e boas práticas de patrulhamento e de fiscalização. A parceria promete fortalecer as operações rodoviárias ao promover maior eficiência e segurança no trânsito.
Lewandowski e Piantedosi também discutiram, nesta sexta-feira, acordos bilaterais voltados ao combate ao crime organizado transnacional. Entre os principais temas abordados, destaca-se o enfrentamento ao tráfico de drogas, ao tráfico de pessoas, à lavagem de dinheiro e ao comércio ilegal de armas.
Nesse contexto, as autoridades coincidiram quanto à necessidade de acelerar as negociações de cooperação entre Brasil e Itália sobre segurança pública. O acordo será fundamental para criar uma estrutura jurídica sólida que permita cooperação contínua e eficiente, tanto em ações policiais quanto judiciais, para fortalecer o combate a crimes. A expectativa é que os tratados sejam assinados durante a visita da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ao Brasil, na Cúpula do G20, em novembro.
Eles falaram sobre uma proposta de acordo feita pelo Governo Federal para promover, desenvolver e reforçar a cooperação entre os países no combate ao terrorismo e à criminalidade (sob todas as suas formas graves e emergentes). A contraproposta do acordo foi elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e pelo Ministério das Relações Exteriores e encaminhada ao governo italiano em setembro.
Crimes ambientais
Na ocasião, o ministro brasileiro pediu apoio da Itália no combate a crimes ambientais, com ênfase na mineração e no comércio ilegal de madeira, cujos produtos são extraídos de forma clandestina da Amazônia e vendidos no mercado europeu. Ele destacou que esses delitos estão, frequentemente, ligados a outras atividades ilícitas, como o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, lideradas por organizações criminosas que operam em diversos países.