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Brasil adere à Aliança por Segurança, Justiça e Desenvolvimento para enfrentar o crime organizado na América Latina e no Caribe
- Foto: Alejandro Escobar/BID
Bridgetown, Barbados, 12/12/2024 — Dezoito países da América Latina e do Caribe lançaram, nesta quinta-feira (12), durante a Cúpula de Segurança e Justiça da América Latina e Caribe, em Bridgetown, Barbados, a Aliança por Segurança, Justiça e Desenvolvimento. O secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, representou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, no evento que ocorre desde quarta-feira (11) e é promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“O encontro foi estratégico e muito importante para a construção de um sistema de segurança mais eficiente e integrado nas Américas e no Caribe. O trabalho em rede internacional, para o combate às organizações criminosas, com prioridade à inteligência, à recuperação de ativos e a prevenção do recrutamento de crianças e adolescentes em territórios dominados será fundamental e, por certo, trará avanços expressivos no combate à criminalidade”, explicou Sarrubbo.
A estrutura promovida pelo BID tem como objetivo integrar governos, organizações multilaterais e sociedade civil para enfrentar o crime organizado. O grupo atuará com três pilares como diretrizes: proteger populações vulneráveis, fortalecer instituições de segurança e justiça e reduzir mercados e fluxos financeiros ilícitos. A ação também vai promover políticas e ações concretas baseadas em evidências.
Proteção e fortalecimento
Durante o lançamento, o presidente do BID, Ilan Goldfajn, destacou que essa é uma iniciativa sem precedentes e que inclui governos, organizações multilaterais, sociedade civil e outras partes interessadas, reforçando o amplo compromisso de ajudar a aumentar a segurança na região.
“O crime organizado opera entre fronteiras e requer ação regional concentrada e vigorosa. Uma maior colaboração é fundamental para proteger comunidades, fortalecer instituições e capacidades e desestimular atividades ilícitas por toda a região”, disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn. “A Aliança por Segurança, Justiça e Desenvolvimento possibilitará parcerias estratégicas e mobilização de recursos, ações essenciais para ampliar o impacto dos esforços de nossos países para lidar com o crime organizado”, reforçou.
A aliança será guiada por um comitê diretor e três grupos de trabalho técnicos envolvendo mais de 20 países. Esses grupos já estão propondo iniciativas direcionadas, que incluem reprimir a violência e o tráfico em comunidades em risco, melhorar os sistemas de segurança por meio de tecnologia e colaboração e coibir mercados ilícitos com ferramentas avançadas e coordenação.
Participantes
São 18 países e pelo menos onze organizações que se uniram oficialmente à aliança, que está aberta a novos membros: Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Brasil, Chile, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai. Representando as organizações, estão a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL), o Banco Mundial, o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe), o Banco de Desenvolvimento do Caribe, Caricom IMPACS, a Iniciativa Global contra o Crime Transnacional (GI-TOC), a Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento (PADF), Regional Security System (RSS), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e o Instituto Ítalo-Latino Americano (IILA).
Presidência
O Equador ocupará a primeira presidência temporária da aliança. O BID atuará como secretário-técnico, proporcionando apoio estratégico e contribuindo para mobilizar recursos e ampliar intervenções eficazes. Para apoiar a implementação regional, o grupo trabalhará com mecanismos adequados a cada contexto. No Caribe, a aliança operará por meio do One Safe Caribbean (Um Caribe Seguro), parte vital do Programa Um Caribe 2024-2028 do BID, garantindo processos otimizados e alinhamento com iniciativas mais amplas.
Sobre o BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento tem como objetivo melhorar vidas na América Latina e no Caribe. Estabelecido em 1959, o BID trabalha com o setor público da região para elaborar e proporcionar soluções inovadoras de alto impacto para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Por meio de financiamento, experiência técnica e conhecimento, promove o crescimento e o bem-estar em 26 países.
Com informações do BID